person Entrar

Capa

Notíciasarrow_rightarrow_drop_down

Esportesarrow_rightarrow_drop_down

Arte & Agendaarrow_rightarrow_drop_down

Blogsarrow_rightarrow_drop_down

Jornal com Tecnologia

Viva Bemarrow_rightarrow_drop_down

Verão

Especial

Murilo Melo Filho, acadêmico e jornalista, morre aos 91 anos

Ele teve falência múltipla dos órgãos, quatro anos depois de ter sofrido um AVC

Membro da Academia Brasileira de Letras, Melo Filho acompanhou eventos da formação da política brasileira | Foto: Pedro França /Ministério da Cultura/ CP Memória

O acadêmico da Academia Brasileira de Letras e jornalista Murilo Melo Filho morreu nesta quarta-feira, 27, aos 91 anos, no Rio. Com extensa carreira no jornalismo profissional, Melo Filho foi eleito para a ABL em 1999. Ele teve falência múltipla dos órgãos, quatro anos depois de ter sofrido um AVC.

 

Nascido em Natal (RN) em outubro de 1928, ele começou a trabalhar no Diário de Natal com apenas 12 anos, escrevendo comentários esportivos. Aos 18 anos, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde trabalhou no IBGE, no Ministério da Marinha e em diversos jornais, incluindo o "Correio da Noite", a "Tribuna da Imprensa", o "Estadão" e na revista "Manchete", veículo para o qual colaborou por 40 anos.

 

Nos anos 1960, foi diretor da "Manchete", acompanhando de perto a construção e os primeiros anos de Brasília, onde também ensinou jornalismo na UnB.

 

De Juscelino Kubitschek a José Sarney, Melo Filho acompanhou viagens e entrevistou os líderes políticos do País, visitando os cinco continentes e participando da cobertura de alguns dos principais acontecimentos históricos da segunda metade do século 20. Cobriu a Guerra do Vietnã, com o fotógrafo Gervásio Baptista, em 1967, e foi o primeiro jornalista brasileiro a cobrir a Guerra do Camboja, com o fotógrafo Antônio Rudge, em 1973.

 

Entre colaborações e artigos, seus textos figuram em livros como "Cinco Dias em Junho" (1967, com com Arnaldo Niskier, Joel Silveira e Raimundo Magalhães) e "O Desafio Brasileiro" (1970), texto que vendeu 80 mil exemplares em 16 edições e lhe rendeu o Prêmio Alfred Jurzykowski, da ABL, como o melhor ensaio do ano.

 

Seus trabalhos mais recentes foram "O Brasileiro Rui Barbosa" (A União Editora, 2009) e "Políticos ao Entardecer" (Editora Cultura, 2009).

 

Murilo Melo Filho foi também membro do Conselho Administrativo da Associação Brasileira de Imprensa (ABI) e membro da União Brasileira de Escritores (UBE), bem como oficial militar da reserva.

 

AE