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Verão

Especial

Museu do Hip Hop será inaugurado em março de 2022, em Porto Alegre

Localizado na Zona Norte, espaço atenderá mais 15 mil jovens por ano

| Foto: Alina Souza

O primeiro Museu da Cultura Hip Hop da América Latina e do Brasil será inaugurado em março de 2022 em Porto Alegre. A estrutura vai funcionar no prédio da antiga Escola Estadual Oswaldo Aranha (desativada em 2019), na rua dos Nativos, 545, Vila Ipiranga, na Zona Norte da Capital. O anúncio foi feito neste sábado pelo coordenador de  autogestão do museu, Rafael Diogo dos Santos, o Rafa Rafuagi, durante a assinatura do termo de permissão de uso entre a prefeitura de Porto Alegre e a Associação da Cultura Hip Hop. A solenidade contou com as presenças do prefeito Sebastião Melo, do secretário municipal da Cultura, Gunter Axt, e de representantes do Hip Hop gaúcho. 

Conforme Rafuagi, o museu será um espaço de encontro de gerações. "O local será utilizado para a formação continuada e de capacitação e um espaço de exposição sobre a história dos 40 anos do Hip Hop no Estado", ressaltou. Segundo ele, a ideia é que as novas gerações do Hip Hop conheçam as histórias do passado e que elas possam servir de incentivo para a construção de um Mundo melhor. 

"O museu será um espaço para a negritude, para a juventude e onde as culturas populares terão voz e vez. Queremos fazer um trabalho com dignidade", acrescentou. A Associação da Cultura Hip Hop acredita que o espaço poderá atender mais de 15 mil jovens, por ano, projetando a geração direta de 40 vagas de trabalho. A solenidade contou com uma ação de grafitagem no prédio e o encontro de gerações do Hip Hop com as presenças de Gê Powers, Chaolin, Diter e Babalu – a chamada velha guarda do Hip Hop de Porto Alegre.

O secretário municipal de Cultura, Gunter Axt, disse que o espaço se destaca por diversos aspectos. "Ele representa a ocupação cultural de um prédio que estava desocupado e sem uma destinação específica", explicou. Para ele, a proposta do primeiro Museu da América Latina de Hip Hop é um projeto de vanguarda e de alta pertinência. "O museu dialoga de forma muito consistente com a descentralização da cultura, não apenas na questão geográfica. A descentralização é temática, étnica e de crença em todos os sentidos", acrescentou o secretário. Conforme Axt, o museu é um espaço democrático e que partiu da comunidade, ou seja, é uma "parceria público privada no melhor estilo".       

A iniciativa do Museu é da Associação da Cultura Hip Hop, atuante no fortalecimento de uma estratégia sociocultural de prevenção e redução da violência e do trabalho infantil. O primeiro Museu do Hip Hop RS será completamente high-tech e interativo, alinhado ao Universal Museum do Hip Hop no Bronx, em Nova Iorque, Estados Unidos. 

O prédio que começou a ser limpo pelo DMLU no sábado terá hologramas, um estúdio musical, área para grafite, break dance e discotecagem, além de espaço para shows, oficinas culturais e coworking. Internamente serão exibidos artigos importantes da história do gênero Hip Hop em Porto Alegre e no Estado.

O secretário de Administração e Patrimônio, André Barbosa, disse que o prédio de 3.836,41 metros quadrados, foi escolhido estrategicamente para a realização das atividades, seguindo o planejamento da gestão mais adequada dos bens municipais. “O prédio sediava uma escola estadual e, após remanejamento, foi devolvido ao município. Buscamos dar a destinação correta ao patrimônio, de acordo com a deliberação do prefeito, estamos cedendo este imóvel para um projeto social inédito, que trará grande visibilidade a Porto Alegre", destacou. 

A reforma e a administração do local serão custeadas por fundos financeiros do próprio projeto, que resultaram de parcerias com governo do Estado, via secretarias estaduais da Cultura, da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos; de Administração Penitenciária; e de Planejamento e Gestão, além das empresas Fitesa, Budweiser e RodaLog. A iniciativa do Museu da Cultura do Hip Hip tem o apoio do Ministério Público do Trabalho no Rio Grande do Sul, Unesco/ONU, OIT/ONU, ONU Mulheres e do Consulado dos Estados Unidos em Porto Alegre.

Foto: Alina Souza

Cláudio Isaías