Este é o oitavo filme de Tarantino e o quarto em que Roth atua em parceria. O primeiro foi “Cães de Aluguel”, em que ambos despontaram em suas carreiras. Em um encontro com a imprensa em São Paulo, Tarantino contou que está feliz em retornar ao Brasil, onde exibiu “Cães de Aluguel” em 1992, na Mostra de Cinema de São Paulo. Ele disse que o evento foi um dos que ajudou a popularizar sua obra. “Eu era jovem e estava vivendo meu sonho”, relembrou.
Seguindo o clima de seu último filme, “Django Livre”, Tarantino volta a fazer um faroeste em “Os Oito Odiados”. Para a trilha sonora, convidou seu compositor favorito, Enio Morricone. E fez uma revelação: pretende fazer até dez filmes e depois parar de fazer cinema. “Isso não significa que daqui a três anos vou parar tudo e ir pescar. Pretendo realizar outras coisas”, projetou.
O cineasta ainda falou que tem uma preocupação com o conjunto de sua obra, acreditando que é importante manter uma coesão artística. “Não quero que digam futuramente que faço filmes para pagar o aluguel ou manter a piscina aquecida. Ou ainda: 'Esse cara fazia filmes bons no início da carreira, mas depois não'”. Por isso, Tarantino diz que quando tiver realizado 10 filmes que o satisfaçam por sua autoralidade, pretende se dedicar a outra atividade.
Para surpresa e lamento dos fãs.
Adriana Androvandi