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Especial

Nova biografia de Lou Reed relata violência contra mulheres

Escritor Howard Sounes afirmou que músico era um "monstro"

Biografia foi baseada em depoimentos de 140 amigos de Reed | Foto: Divulgação / CP
Conhecido pela personalidade forte, Lou Reed continua gerando polêmica mesmo depois de sua morte. Uma nova biografia sobre o artista, intitulada “Notas do Velvet Underground: A vida de Lou Reed” e escrita por Howard Sounes, mostra um lado mais obscuro da vida privada do músico. As 400 páginas do livro, que será lançado no dia 22 de outubro no Reino Unido, denunciam um histórico de violência contra mulheres.

A obra enfoca o processo criativo, a bissexualidade, os três casamentos e o vício em drogas do artista. Para escrevê-la, Sounes, que também relatou a vida de Paul McCartney, Bob Dylan e Charles Bukowski, ouviu 140 amigos e pessoas que trabalharam com Reed. Bettye Kronstad, terceira mulher do músico, com quem casou em 1973, revelou atos violentos por parte do ex-marido. “Ele era capaz - e gostava - de desafiar, de jogar contra a parede e de bater. Uma vez ele me deixou com o olho roxo”.

Allan Hyman, um antigo amigo da escola, afirmou que, em diferentes oportunidades, Reed batia em uma namorada enquanto jantavam. “Ela dizia algo que não o agradava, ele ficava irritado e dava um soco atrás da cabeça dela. Minha esposa dizia: 'Lou, se você continuar batendo nela, você terá que ir embora'. Então ele batia de novo, e ela gritava 'saia daqui'”, revela no livro.

Outra fonte reverbera essa ideia, apontando para um padrão de comportamento. De acordo com site de música Consequence of Sound, é possível ler em uma passagem da obra: “é muito claro que ele era misógino e que agredia mulheres. E ele escrevia repetidamente sobre isso – ele parecia realmente obcecado com o assunto”.

Durante o processo de escrita, o biógrafo tomou conhecimento do temperamento explosivo e tirou novas conclusões sobre a vida do músico. “Eu amava as canções dele, mas você deve ir aonde a história te leva”, contou Sounes em entrevista ao site The Daily Beast. “Os obituários sobre ele foram muito amigáveis, mas ele era um homem desagradável. Na verdade, um monstro - acho que é a palavra que se lhe pode aplicar”, revelou.

Lou Reed morreu em 27 de outubro de 2013 em Nova Iorque, aos 71 anos. A Random House Books, que vai publicar a biografia, o apresenta como “um dos mais inovadores e inteligentes escritores de canções americanos dos tempos modernos”, mas também “um autêntico solitário, que teve uma vida tumultuosa e torturada".

Correio do Povo