Situada no coração da cidade de Carlos Barbosa, na Serra, a Estação Férrea da cidade está de cara nova. Após obra de revitalização, iniciada em 2022, o local passa a ser um Centro Cultural que receberá atividades artísticas e culturais. Nesta quarta-feira, 20 de dezembro, a partir das 16h, a visitação para patrocinadores, autoridades e imprensa será realizada para mostrar a nova cara da estação centenária. Foram realizadas melhorias no telhado, forros, piso, revestimento, pintura, calçadas, entre outros. A sala de cinema que funcionou no local, de 1992 a 2015, foi transformada em auditório multiuso.
Com isto, a comunidade recebe de volta um dos principais espaços de lazer e cultura, e a projeção das autoridades é de incremento na atividade turística aliada a outros eventos importantes do município como a Festiqueijo, o passeio de trem na Maria Fumaça, entre outros. “A Estação Férrea é o coração histórico e afetivo de Carlos Barbosa. Foi a partir da instalação dela que a comunidade, então absolutamente colonial, passou a receber diversos empreendimentos industriais, comerciais e de serviços, potencializando vocações que consolidam Carlos Barbosa até hoje. A cidade literalmente cresceu ao redor da Estação Férrea, que se tornou o espaço mais nobre do Município, de altíssima importância e visibilidade, abraçado pelos barbosenses. Por conta desses predicados, há uma grande responsabilidade em preservá-la e dar-lhe uma utilidade cultural e turística proveitosa, com acessibilidade e segurança”, explica Eliseu Demari, diretor-presidente da Proarte, órgão responsável pelas políticas culturais no município.
O projeto, desenvolvido pelas arquitetas e urbanistas Renata Tosi, Mirela Dalmas, Luisa Hering e com responsabilidade técnica de execução do engenheiro civil Renato Tosi, partiu do debate sobre a importância da utilização da Estação que vinha ao longo do tempo sendo alvo de depredação e sofrendo com as intempéries climáticas. Após isto, a Prefeitura Municipal contratou empresa, através de edital público, que confeccionou projeto para captação de recursos via Lei de Incentivo Federal. Para Renata Tosi o projeto supre um déficit de espaços culturais na cidade. “Por estar no coração geográfico e afetivo de Carlos Barbosa, ele vai além da preservação do patrimônio histórico. Conduzida pela Cidade Projetos e Execuções, empresa responsável pela obra, a Estação Férrea - anteriormente marcada por desgastes - passou por intervenções minuciosas e a visitação será uma oportunidade para conhecer de perto as transformações realizadas e como poderemos encontrar a Estação em 2024”, ressalta.
O aporte para o restauro é oriundo do patrocínio das empresas Tramontina, Gerdau, Sicoob e Galvanotek, com a produção do Instituto Rumo, e realização da então Secretaria Especial da Cultura – Ministério do Turismo. João Bosco Ayala Rodriguez, presidente do Instituto Rumo, afirma que a obra da Estação Férrea de Carlos Barbosa é fruto de uma construção coletiva de vários personagens. “Muito honra o Instituto Rumo em poder realizar essa união entre o público e o privado estabelecida através desse valoroso instrumento que é a Lei Federal de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet), podendo devolver a comunidade essa edificação fundamental na memória e identidade da cidade. É imprescindível também podermos destacar todos os patrocinadores que, através da sensibilidade a Cultura, tornaram possível a realização desse importante projeto”, diz.
Everson Kirch, prefeito de Carlos Barbosa, fala da parceria com a iniciativa privada, através da Lei Rouanet. “É um grande orgulho para a administração municipal estar participando ativamente deste processo de recuperação, desde 2021. Para isso fui muitas vezes a Brasília, junto da vice-prefeita Beatriz, onde tivemos o apoio de parlamentares. Mas cabe salientar que ela só foi viabilizada pelo apoio das empresas patrocinadoras. Com isto, este espaço volta a ter a valorização e a beleza que teve há muitos anos atrás”, afirma. O Centro Cultural Estação Férrea de Carlos Barbosa está localizado na rua Júlio de Castilhos, no centro de Carlos Barbosa. O espaço ainda não estará aberto à visitação do público.
Correio do Povo