Três adolescentes vivem as experiências de suas paixões e os dilemas da sexualidade, na premiada trama do autor paulista. Deco e seus amigos Bebel e Igor são vizinhos, que relatam suas dúvidas e descobertas. Entre elas, está a paixão entre um professor e um aluno e o bullying que se seguiu, quando foram descobertos. Apesar do peso, há momentos poéticos, como na fala de Deco: “dizem que quando alguém que a gente ama muito vai partir, os deuses se revoltam e choram!”.
“A história é sobre adolescentes e seus problemas diante das famílias problemáticas e dos dilemas que se apresentam a eles mesmos”, afirma Paulo Guerra. Ele dirigiu Áquila Mattos, Renata Stein e Roger Santos, na montagem que marca os 26 anos da Cia. Halarde.
A estreia ocorreu em janeiro último, no Porto Verão Alegre 2016, com dois contratempos. Cinco horas antes da primeira apresentação, a atriz teve uma crise de apendicite e precisou baixar para cirurgia. O autor, que veio de São Paulo, tomou seu lugar e dado o temporal que assolou Porto Alegre, o espetáculo teve que ser apresentado à luz de velas.
A cenografia é de Antonio Rabadan (Troféu Açorianos 2015), que também assina os figurinos elaborados. A trilha sonora foi composta pelo músico Ben-Hur Borges, que agrega sons de chuva e blues, criando atmosfera poética. A iluminação ficou a cargo de Anílton Souza (Troféu Tibicuera 2002) e a arte, de Sandro Ka (Troféu Açorianos 2008).
Correio do Povo