O dramaturgo, poeta e escritor gaúcho José Campos de Leão viveu entre 1829 e 1883, entre Porto Alegre e Triunfo. Conhecido como Qorpo Santo, era tido como um alienado mental, por escrever tudo o que pensava. Seus textos confrontavam-se com as leis moralistas, partidárias e religiosas da época, em que os que questionavam os padrões vigentes eram vistos como loucos. Pesquisadores situam sua produção, que só foi encenada pela primeira vez no século XX, no teatro do absurdo, surrealismo, romantismo marginal ou teatro do século XIX.
Surgido no Departamento de Arte Dramática do Instituto de Artes da Ufrgs, o grupo Santo Coletivo teve o desafio de recriar o imaginário do também professor do magistério da Província de São Pedro do Rio Grande do Sul e jornalista. Buscar as origens e ressignificar a trajetória e obra deste homem inquieto e crítico urbano, que foi um dos mais brilhantes dramaturgos brasileiros foi uma tarefa árdua, dada a escassez de material.
Correio do Povo