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Verão

Especial

Peça em Porto Alegre apresenta história de revolucionária alemã

Montagem "Olga" ocorre na Casa de Cultura Mario Quintana de sextas a domingos, às 20h

Personagem Olga, que travou luta contra o regime nazista da Alemanha, é interpretada pela atriz Edelweiss Ramos | Foto: Sérgio Azevedo / Divulgação / CP

Em uma cela medindo 2m x 2m, cercada por quatro postes e muito arame farpado, a atriz Edelweiss Ramos interpreta a revolucionária alemã Olga Benário Prestes, em seus últimos momentos, no monólogo “Olga”. Próxima ao público, ela contará tudo o que passou e sentiu no campo de concentração, onde foi morta em 1942, na Sala Carlos Carvalho da Casa de Cultura Mario Quintana (Andradas, 736) de sextas a domingos, 20h. 

A montagem começou em 2018 como uma esquete de 20 minutos, passou por festivais e mostras de teatro pelo RS e agora chega ampliada. Ao participar de um festival em Gravataí, no ano passado, a atriz manifestou a vontade de fazer a sequência e falou com a diretora Camila Bauer, que estava no júri.

A partir de dezembro último chamaram uma equipe, e começou um trabalho intenso, com texto assinado conjuntamente com Pedro Bertoldi, trilha sonora de Álvaro Rosa Costa, figurino de Liane Venturella, cenografia de Ronaldo de Almeida e luz de Ricardo Vivian. “Teve muita pesquisa histórica, não só da vida da Olga, mas o contexto e participação do Brasil. Devemos pensar como alguns elementos e situações tendem a se repetir”, comenta Camila Bauer.

A jovem revolucionária alemã foi enviada ao Brasil em 1934, para garantir a segurança de Luís Carlos Prestes, em missão designada pela Internacional Comunista. Olga foi presa no Brasil e deportada para seu país, onde ficou sob o comando nazista por seis anos e, por ser judia e ter uma forte posição política, foi executada na câmara de gás, aos 34 anos.

Para Bauer, a peça fala de preconceito de raça, gênero, entre muitos outros, na história da mulher que, mesmo torturada e privada da presença de sua filha, que era bebê, manteve a ética e não delatou ninguém. As memórias da militante comunista vem à tona no aprisionamento, quando a realidade era extremamente cruel. Nas sextas-feiras, de 13 a 27 deste mês, haverá bate-papo com sobreviventes do holocausto.

Vera Pinto