A administração Bataclan twittou sua “profunda indignação” de que um “símbolo de lembrança pertencente a todos: moradores locais, parisienses, cidadãos do mundo, foi tirado de nós". Banksy ofereceu esta obra na porta de emergência do Bataclan por uma razão, num espírito de homenagem e apoio como artista urbano”. Eles disseram que a pintura "só tinha significado naquele local, e é por isso que queríamos deixá-la ali, livre, na rua, acessível a todos".
Investigadores da polícia estão tentando rastrear os ladrões e recuperar a obra, estimada em milhões de euros. Um alarme dentro supostamente foi disparado por volta das 4h25min da manhã, e a polícia encontrou uma chave de fenda ao lado do local onde a pintura foi tirada. François Vauglin, prefeito do 11º arrondissement de Paris, disse que a obra tinha sido feita de graça. "Foi um gesto altruísta para homenagear as vítimas do ataque terrorista e seus entes queridos, e acho muito triste que as pessoas o tenham agarrado sem pensar em tudo o que representa", afirmou.L’œuvre de @originaIbanksy hommage aux victimes du 13/11 a été volée. pic.twitter.com/FMHoobzRXm — Bataclan (@bataclan_) 26 de janeiro de 2019
A pintura foi encontrada numa manhã de junho do ano passado, em uma porta de emergência nos fundos do Bataclan, no beco de Saint-Pierre Amelot. Banksy, que é britânico, mas cuja indentidade nunca foi revelada, pintou durante a noite e mais tarde reconheceu a obra como sua, juntamente com uma série de outras pinturas de rua de Paris. No fim de 2015, Banksy já havia deixado sua marca na França na entrada da "Selva" de Calais, onde 4,5 mil migrantes viviam em condições precárias.
Correio do Povo