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Verão

Especial

Pioneira das revistas sobre música, NME deixará de ter versão impressa após 66 anos

Último exemplar em papel chegará às bancas nesta semana e então só existirá a versão online

A primeira edição da revista e a mais recente edição do titulo | Foto: Colagem sobre fotos / NME / Reprodução / CP
A revista NME, um dos principais títulos sobre música do mundo e responsável pela criação do primeiro ranking de singles do Reino Unido em 1952, deixará de ter uma versão impressa, informou nesta quarta-feira. O último exemplar em papel chegará às bancas nesta sexta e a decisão de extingui-lo faz parte de uma maior busca por audiências digitais. Em 2015, a publicação deixou de ser um título pago após uma década de quedas de vendas: o título foi relançado de forma gratuita e financiado por anúncios, com uma circulação de 300 mil exemplares.

"Infelizmente, agora nós chegamos a um ponto onde a revista gratuita semanal não é mais financeiramente viável", comentou o diretor geral da editora Time, Paul Cheal, afirmando que a distribuição sem preço havia estimulado a audiência online mas que a companhia estava com "custos de produção crescentes e um mercado de publicidade impressa muito resistente". "É no espaço digital onde o esforço e o investimento se concentrarão para garantir um futuro forte para essa famosa marca", analisou.

A New Musical Express - seu nome original - registrou a ascensão da música britânica liderada pelos Beatles e pelos Rolling Stones na década de 1960, da música punk em 1970 e do "britpop" em 1990. A primeira capa apresentou os Goons, Big Bill Bronzy e Ted Heath e custou seis cêntimos de libra. Antigos leitores da revista incluíam John Lennon, Malcolm McLaren e Marc Bolan, vocalista da T Rex, enquanto seus escritores incluíram Bob Geldof e a vocalista principal do The Pretenders, Chrissie Hynde. O cineasta Michael Winner foi o crítico de cinema da NME nos anos 50 e 60.

A revista atingiu o que é considerado sua idade de ouro nos anos 70, voltando-se para o punk e, em seguida para o indie que florescia na Inglaterra, incluindo Joy Division e Smiths. "Nosso público digital global quase duplicou nos últimos dois anos", disse Keith Walker, diretor digital da NME. "Ao tornar as plataformas digitais nosso foco principal, podemos acelerar o crescimento incrível que vimos e alcançar mais pessoas do que nunca nos dispositivos que eles estão usando mais naturalmente", comentou sobre a decisão.

Correio do Povo