Conforme ele, inicialmente a Pixar projetou intercalar originais e sequências a cada ano, mas a ideia não funcionou na prática. “Se incluirmos os próximos filmes a serem lançados, fica assim: sete sequências entre 21 originais, desde que fomos comprados pela Disney (em 2006). Acabou sendo o mesmo portfólio, mas não na ordem que pensamos”, ressaltou Morris.
Para o executivo, essa mudança de rumo aconteceu naturalmente, já que as continuações do estúdio nunca foram determinadas pelo retorno do primeiro filme, e sim pela visão criativa. Assim, as sequências foram sendo confirmadas na medida em que os diretores das tramas originais apresentaram propostas que todos gostaram e se mostraram dispostos a fazer.
Em função desse modelo, Morris já falou sobre o futuro de alguns dos principais títulos do estúdio. “Peter Docter, diretor de ‘Divertida Mente’ já tem uma nova ideia para seu próximo filme. Brad Bird, diretor de ‘Ratatouille’, está trabalhando em ‘Os Incríveis 2’ e ainda não discutimos sobre uma continuação de ‘Ratatouille’. Já ‘Wall-E’ continua sendo minha menina de olhos desde que atuei na produção. Seria ótimo voltar a esse mundo e contar para as pessoas que os humanos realmente sobreviveram depois de estragarem o planeta. No entanto, era na verdade uma história de amor que teve começo, meio e fim, então não planejamos nos estender além disso”, afirmou.
Mesmo decretando o fim da “era de sequências”, ele fez questão de não descartar que a Pixar volte a produzi-las no futuro. “Tudo é possível”, garantiu. Atualmente, o calendário do estúdio prevê ainda outras duas continuações de franquias consolidadas além de “Os Incríveis 2”: “Carros 3”, para junho de 2017, e “Toy Story 4”, que deve chegar aos cinemas em 2018.
Correio do Povo