Quase 12 horas após o bimotor King Air C90A cair com a cantora Marília Mendonça e outras quatro pessoas, um grupo tentou entrar no avião, na madrugada do último sábado (6), para furtar objetos das vítimas que ainda estavam entre os destroços.
A ação foi impedida por policiais militares de Piedade de Caratinga, a 243 km de Belo Horizonte, que estavam monitorando a área do acidente, já que a aeronave ainda não havia sido retirada de lá. Segundo a PM (Polícia Militar), eram quatro suspeitos. Eles usavam uma lanterna para se aproximar do local.
Ainda de acordo com a corporação, os militares pediram para o grupo se afastar. Como a ordem não foi atendida, um sargento atirou contra os suspeitos com uma espingarda. Em seguida, os suspeitos teriam fugido para uma mata que fica no entorno.
"Eles não foram mais vistos e ninguém foi preso", detalhou a PM em nota.
Os investigadores encontraram objetos pessoais das vítimas no avião que caiu em uma cachoeira, durante a tarde da última sexta-feira (5). Entre as peças estava o diário em que a cantora escrevia suas composições, o violão usado por ela, malas e celulares. Os materiais foram encaminhados para as famílias dos ocupantes da aeronave.
O bimotor foi retirado do local do acidente no domingo (7). Os destroços foram encaminhados para perícia no Rio de Janeiro. Já os dois motores foram levados, na madrugada desta quarta-feira (10), para Goiânia, capital de Goiás, onde também vai ser analisado.
A polícia localizou um fio enrolado em uma das hélices. A suspeita é que o cabo seja da rede de alta-tensão atingida pela aeronave antes da queda. As causas do acidente ainda são investigadas.
Além de Marília Mendonça, estavam no avião Abicieli Silveira Dias Filho, tio e assessor da cantora; Henrique Ribeiro, produtor da artista; o piloto Geraldo Martins de Medeiros Júnior; e o copiloto Tarciso Pessoa Viana.
Vídeo mostra Marília Mendonça minutos antes de embarcar em avião que caiu:
R7