Produtor de grandes sucessos da Broadway, Harold Prince estava em Reykjavik, capital da Islândia, quando morreu, nessa quarta-feira. A causa foi uma doença curta, disse seu assessor de imprensa, sem mais detalhes. Aos 91 anos, Prince tinha seu nome associado a produções de clássicos como "West Side Story", "Cabaret", "Violinista no Telhado", "Fantasma da Ópera". Uma vasta carreira que lhe garantiu 21 prêmios Tony, o Oscar do teatro americano.
Prince era conhecido por seu toque fluido e direção com toques cinematográficos. Era considerado um profissional intransigente na escolha do material do palco. E gostava de temas desafiantes e excêntricos para musicar, como um barbeiro assassino que usava facas com que assava suas vítimas em tortas ou a abertura do Japão, no século 19, para o Ocidente.
Em entrevista telefônica para a agência de notícias AP, o compositor Andrew Lloyd Webber disse que era impossível estimar a importância de Prince para o teatro musical. "Todo o teatro musical moderno deve praticamente tudo a ele." Lloyd Webber lembrou que, quando jovem, ele havia escrito a música para o fracassado Jeeves e estava se sentindo desanimado. Eles se encontraram mais tarde e Webber contou que planejava um musical sobre Evita Perón. Prince o convidou para uma conversa. "Isso foi decisivo para mim", disse Lloyd Webber.
Além de Webber, Prince, conhecido como Hal, trabalhou com grandes compositores e letristas de teatro musical, como Leonard Bernstein, Jerry Bock, Sheldon Harnick, John Kander Fred Ebb e, mais notavelmente, Stephen Sondheim.
AE