A atriz Juçara Gaspar e seu marido, o cantor Luciano Alves, têm feito lives semanais nos domingos, sempre às 17h, e nesta edição tem vez “Transe Poesia”, nas páginas @juzagaspar, no Instagram, e @juçaragaspar, no Facebook. A artista coleciona poemas, que costuma declamar para amigos quando algo a lembra de alguma ocasião em especial ou até para si mesma, como inspiração ou abstração.
Por cinco anos ela e seu companheiro apresentaram “Transe Poesia” em bares, centros culturais e encontros literários. Engavetaram o projeto por conta de outros movimentos artísticos e agora, no isolamento, ela revisou poemas e performances, que irá apresentar. As lives começaram com “Los Cachucas, Canções para Frida”, com o casal (29/3) e seguiram com o Especial Bob Dylan e Mientras La Noche Cae, ambos com Luciano Alves, respectivamente dias 5 e 12 últimos.
Há dez anos em cartaz com “Frida Kahlo, a Revolução”, que ganhou os palcos do RS, Brasil e até do México, Juçara está disponibilizando o espetáculo na íntegra no YouTube, onde são postados os conteúdos, assim como no Instagram @fridakahloarevolução. Com uma apurada pesquisa sobre a vida e a obra da pintora mexicana, a peça tinha temporada confirmada no Espaço Parlapatões (São Paulo), em abril e maio, que foi cancelada devido às medidas restritivas da Covid-19, assim como demais datas. Trabalhando há meses, em um intenso esforço de produção, a equipe diz que Frida Kahlo muito lhes ensinou sobre confinamento. O acidente que lhe colocou por um longo período em casa, de coletes e cadeira de rodas ou na cama, as dores, a relação conturbada com o muralista Diego Rivera, a bissexualidade, a ideologia política, a arte como salvação e “um corpo em desintegração”, como ela mesma escreveu em seu diário. Em um processo de revolução íntima, trata-se de uma mulher que se reinventou a cada dia.
Correio do Povo