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Verão

Especial

Protagonismo negro nas artes cênicas é tema de mostra

Começa hoje a CURA, composta por espetáculos de teatro, dança e música, além de encontros on-line ao vivo, com quem faz e pensa a arte e cultura negra

Entrelaçando fato verídico e ficcional, “A Mulher Arrastada” é uma peça de Diones Camargo | Foto: Regina Peduzzi Protskof

Tem início hoje a CURA - 1ª Mostra de Artes Cênicas Negras de Porto Alegre, com uma programação presencial e virtual, que vai apresentar um panorama plural de artistas que produzem sob as mais variadas linguagens e estéticas. Realizada pela Coordenação de Artes Cênicas da Secretaria Municipal da Cultura, com curadoria de Silvia Duarte e Thiago Pirajira, as atividades seguem até 7 de dezembro. Todas as atividades serão transmitidas gratuitamente, pelo Youtube e site do evento. 

A abertura terá duas atrações, no Centro Municipal de Cultura (Erico Verissimo, 307): às 19h, “A Mulher Arrastada”, na Sala Álvaro Moreyra. A peça-manifesto protagonizada por Celina Alcântara, ganhadora do Prêmio Braskem em Cena 2018 de Melhor Espetáculo, fala da morte trágica de Cláudia Silva Ferreira, 38 anos, mulher negra, pobre e mãe de quatro filhos biológicos e quatro adotivos,que  foi brutalmente alvejada pela PM, ao sair de sua casa, na favela. Seu corpo foi atirado às pressas na viatura e arrastado, ainda com vida, em meio ao tráfego da capital fluminense, sob o olhar horrorizado de motoristas e pedestres. Às 21h, no Teatro Renascença, tem show alusivo ao Dia Nacional do Samba, com Pâmela Amaro antecipando canções de seu primeiro EP, em fase de finalização, com a canção “Veneno Café” e Glau Barros apresentando algumas canções do álbum “Brasil Quilombo”. 

Rodas da Cura
As produções que se propõem a pensar as contra-colonizações cênicas e apontam modos futuros para os processos de criação serão tema das Rodas da Cura, que irão ocorrer sempre às 15h. Hoje, o painel “Negras e Negros em Movimento” reúne as gaúchas Celina Alcântara, que é atriz, professora e pesquisadora; a atriz e produtora cultural Sílvia Duarte e a atriz Vera Lopes (RS/BA), além do articulador cultural, ator, diretor, dramaturgo e artista plástico carioca, Rodrigo. Amanhã terá vez “As gingas negras como fundamento cênico: jeitos, modos e tempos de narrar histórias do corpo”, com o bailarino, coreógrafo e investigador de culturas, Rui Moreira (RS/MG); a bailarina e coreógrafa Iara Deodoro (RS), fundadora do Grupo Afro-Sul de Música e Dança; da pesquisadora Cleyce Colins (MA), e do artista e professor do Curso de Dança-Licenciatura na Universidade Federal de Pelotas, Manoel Timbaí (RS/BA). 

Na sexta, “Dramaturgia como prenúncio: corpo palavra e a dança dos tantos nós” é a mesa redonda composta pela escritora, poeta, atriz e professora de teatro, Cristiane Sobral (MG); a atriz, diretora e dramaturga Grace Passô (MG) e a performer e atriz Silvana Rodrigues (RS), co-fundadora do Pretagô. Sábado será a vez do painel “Rede de Festivais e Mostras Pretas”, com curadoria, articulação e estratégias de futuro, com as presenças da arquiteta Thaise Machado, curadora, palestrante, facilitadora, estrategista e gestora cultural, uma das idealizadoras do Festival Porongos-RS; da atriz, professora, produtora cultural e pesquisadora, Ellen de Paula, e do ator e diretor Gabriel Cândido, ambos idealizadores e curadores do Festival Dona Ruth-SP; do ator, diretor, produtor e professor Thiago Pirajira, curador e um dos idealizadores  da Mostra CURA-RS, e do produtor e curador Paulo Mattos, um dos idealizadores da Segunda Black-RJ. 

Neste domingo, o público acompanhar “Cena útero: corpo e processos criativos de artistas mães”, com  a atriz e professora Dedy Ricardo (RS), integrante do grupo Usina do Trabalho do Ator; a atriz e pesquisadora Mayura Matos (RS); a bailarina, atriz e professora  Joana Amaral (RS),  e a atriz e produtora Silvia Duarte (RS), uma das idealizadoras da Mostra Cura. O encerrando, na próxima segunda, será com o debate ”Veículo SUR: performatividades em movimento” e trará abordagens da coreógrafa e pesquisadora Malu Avelar (MG); do coreógrafo e articulador/gestor cultural Mário Lopes (Brasil/Finlândia); do ator, diretor, professor e curador Thiago Pirajira (RS), além da artista e educadora e Ekedji  Didam Hou Braga (MA).