Os produtores da série egípcia "Wald El Ghalaba" ("Filho do Pobre", em tradução literal, estão sendo acusados de copiar enredo, diálogos e figurinos de "Breaking Bad", sucesso televisivo da ACM encerrado em 2008. Vários espectadores apontaram as semelhanças diretas entre os títulos, a começar pela temática: o personagem central é um professor de história que, sem dinheiro, começa a trabalhar como motorista de táxi à noite. Para alimentar sua família, ele se envolve na produção e tráfico de drogas.
Um espectador no Egito twittou que nem mesmo as falas foram modificadas em algumas situações: “Eles nem se incomodaram em trabalhar em um novo script, algumas das citações foram traduzidas textualmente da mesma maneira”. Outro comentou que até mesmo o machucado que Walter White (Bryan Cranston) sofreu no episódio piloto e aquele o protagonista do programa africano – vivido por Ahmed El-Sakka, um nome popular na dramaturgia do país – tem são no mesmo local.
حتى الجرح في نفس المكان سبحان الله pic.twitter.com/SBhVvfTjlL
— إسلام جاويش (@islamgawish) May 29, 2019
Outra semelhança apontada ocorre na cena em que marido e mulher está em frente a uma mesa cheia de dinheiro proveniente do tráfico. Um dos membros da equipe de filmagem de “Wald El Ghalaba”, Rifqi Assaf, defendeu o título. Ele observou que, na série americana, White e sua esposa destacaram expressões faciais. Ao mesmo tempo, eles foram filmados de baixo – “o ângulo da câmera foi escolhido para que os personagens se elevassem acima da montanha de notas”. Na versão egípcia, pontou, estão em uma pose expressando fraqueza e insegurança. “O quadro também é construído de forma diferente – a câmera é direcionada de cima para baixo e a cena foi filmada usando uma lente grande angular”.
A revista "The Hollywood Reporter" procurou o estúdio de TV da Sony, envolvido na produção de "Breaking Bad", para uma manifestação sobre o assunto, mas não recebeu uma resposta. Ao mesmo tempo, a série tem uma adaptação oficial no exterior, em espanhol e filmada na Colômbia, o drama "Metástasis".
Correio do Povo