Após meses de imbróglio sobre o futuro da série “Transparent”, cujo protagonista Jeffrey Tambor foi demitido em decorrência de acusações de assédio sexual por membros da equipe em 2017, o Amazon anunciou o dia 27 de setembro com o último da trama. Na data, será exibido um filme musical especial que encerrará o show que ajudou a cimentar o serviço de streaming como uma casa para conteúdos originais roteirizados premiados. No longa, a personagem Maura, vivida pelo ator denunciado nos desdobramentos do movimento #MeToo de Hollywood, está morta.ou a cimentar a Amazon como uma casa para originais roteirizados premiados.
O final começa quando a família de Maura descobre sua morte. Judith Light, Gaby Hoffmann, Amy Landecker, Jay Duplass, Alexandra Billings, Kathryn Hahn, Shakina Nayfack, Trace Lysette e uma série de atore voltarão para o fim. A criadora e diretora-executiva Jill Soloway estave acompanhada pelo elenco neste sábado na turnê de verão da Television Critics Association para divulgar o trailer.
Jill apresentou seu irmão, Faith, que escreveu a música e as letras para o filme e defendeu a opção por um musical após a saída de Tambor. "Quando as pessoas falam sobre música e se voltam para a música em vez de conversar, é porque há certas coisas que não podem ser ditas. Todo mundo sabia o que passamos. Se fôssemos voltar, teríamos que encontrar uma nova maneira de entrar nessa história”, afirmou à imprensa.
“Nós estávamos apenas voando em nossos espaços de risco e hoje, ainda estamos voando em espaços de risco tendo feito um final musical", disse, conforme o Hollywood Reporter. "Não se engane, é para ser estranho. Nós não queríamos contar uma história da morte de Maura que foi um completo luto e uma triste despedida. Tivemos que voltar para completar a alegria e o musical nos permitiu fazer isso”, completou.
A criadora descreveu o final como uma "viagem emocionante para pessoas neuróticas" e disse esperar que os espectadores considerem o episódio uma "celebração" que também explora a dor judaica. "Poderíamos ter acabado dizendo adeus, recuado, acenado e agradecido pelo amor e pela libertação trans. Mas como contadores de histórias e artistas, isso não era apenas o final, mas era a nossa chance de nos curarmos juntos. Tudo o que fizemos toda vez que nos reuníamos... estávamos apenas tentando encontrar o caminho de volta para a crença de que o que estávamos fazendo importava e era importante. Nós não queríamos contar uma história da morte de Maura que foi um completo luto e uma triste despedida. Tivemos que voltar para completar a alegria e o musical nos permitiu fazer isso”, concluiu.
Correio do Povo