person Entrar

Capa

Notíciasarrow_rightarrow_drop_down

Esportesarrow_rightarrow_drop_down

Arte & Agendaarrow_rightarrow_drop_down

Blogsarrow_rightarrow_drop_down

Jornal com Tecnologia

Viva Bemarrow_rightarrow_drop_down

Verão

Especial

Spike Lee pede mais diversidade nos estúdios de cinema

Cineasta falou sobre as razões de seu boicote ao Oscar

Diretor participou de uma coletiva de imprensa ligada ao Festival de Berlim | Foto: John MacDougall / AFP / CP
O cineasta americano Spike Lee, que se dispõe a boicotar a cerimônia do Oscar pela ausência de atores negros indicados, considerou, nesta terça-feira, que os estúdios de cinema e os canais de televisão deveriam ser mais abertos à diversidade. "A Academia de (Hollywood de) Oscar não é realmente o problema. O problema são os guardiões (da indústria), isto é, as pessoas que estão nas instâncias dirigentes dos estúdios e dos canais de televisão", disse em uma coletiva de imprensa à margem do Festival de Berlim.

O diretor foi interrogado sobre as razões de seu boicote ao Oscar. Ele comentou que os dirigentes de Hollywood "se reúnem a cada trimestre e decidem o que vai ser feito e não. E a maioria deles são brancos. Portanto, se não há diversidade entre eles, isto se reflete nos filmes que fazem e nos filmes selecionados" para a premiação.

Segundo o cineasta negro de 58 anos, isto tampouco é bom do ponto de vista econômico. "Não foi Spike Lee, mas o escritório do censo americano que disse que em 2046 os americanos brancos serão minoria neste país. Inclusive aqueles que não acreditam na diversidade, que acreditam em um dólar onipotente", emendou.

"Se a indústria não levar em conta, ficará fora de jogo porque existe um grande mercado", afirmou, citando como exemplo o enorme sucesso de bilheteria do ano passado do filme "Straight Outta Compton: a História do N.W.A", sobre a epopeia do grupo de rap N.W.A. A atriz americana Meryl Streep, que preside o júri da Berlinale, também declarou na capital alemã que a indústria do cinema precisa de quadros menos brancos e masculinos para abrir mais Hollywood à diversidade.

AFP