Após celebrar 25 anos com “João e o Pé de Feijão”, o coletivo dirigido por Paulo Guerra está em fase de finalização do texto do dramaturgo paulista Ricardo Corrêa, com apresentações previstas de 29 a 31 de janeiro, na Sala Álvaro Moreyra. Os jovens atores Áquila Mattos, Renata Stein e Roger Santos interpretam cinco personagens fortes e densos, que moram no mesmo prédio, vivem paixões e também os dilemas da sexualidade.
Deco tem 25 anos e conta como foi sua descoberta do amor, na adolescência. “Dizem que quando alguém que a gente ama muito vai partir, os deuses se revoltam e choram”, diz, dando uma pista sobre a chuva constante da trama. Sua paixão platônica, correspondida, era o professor de português. Quando Igor descobre a orientação sexual de seu amigo revolta-se, denunciando na web que o professor está tendo um caso com um aluno. O incidente ocasiona a demissão do mestre e sua mudança de cidade.
Filha do síndico, e a mais pobre dos três amigos, Bebel apanha do pai alcoólatra, que também bate na mãe. A trama fala de separação dos pais e conta com um suicídio. “Queria falar deste assunto, já que existe uma incidência muito grande de suicídio na adolescência, a maior parte em função de bullying”, diz Paulo Guerra, que observou o fato a partir de vivência como professor.
Vera Pinto