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Tesouro literário de Cortázar achado em caixa de bananas supera R$ 180 mil em leilão

Mecanoscrito original de "Histórias de Cronópios e de Famas", que inclui sete relatos inéditos, agora pertence a um colecionador privado argentino

Mecanoscrito original de "Histórias de Cronópios e Famas", de Julio Cortázar (foto), foi leiloado nesta sexta-feira | Foto: Sara Facio / Wikimedia Commons / CP

Um tesouro literário do falecido escritor argentino Julio Cortázar, encontrado no Uruguai em uma caixa bananas, já tem dono: foi leiloado nesta sexta-feira (13) no Uruguai por 36.000 dólares (pouco mais de 180 mil reais), o triplo do preço inicial.

A peça, um mecanoscrito original da emblemática obra de Cortázar "Histórias de Cronópios e de Famas", que inclui sete relatos inéditos, agora pertence a um colecionador privado argentino, cujo nome não foi divulgado.

As casas de leilões Zorrilla Subastas, do Uruguai, e Hilario, da Argentina, ofereciam esse documento datilografado, com anotações manuscritas e certificado por especialistas na obra de Cortázar, a um preço inicial de 12.000 dólares (pouco mais de 60 mil reais). Estimavam que seria leiloado por uma valor máximo de 21.000 dólares (pouco mais de 106 mil reais), mas o lance final superou amplamente as expectativas.

"O público o valorizou", disse à AFP Guillermo González, da Zorrilla Subastas.

O arremate ocorreu na sede da casa de leilões uruguaia, no centro de Montevidéu. No entanto, os lances foram feitos por telefone.

"Houve sete interessados na Argentina, Chile, Espanha, México e Uruguai, entre eles o ministério da Cultura argentino, que queria destiná-lo à Biblioteca Nacional. Foi a única instituição na disputa, mas não foi o comprador final", contou González.

"Não sabemos qual destino o colecionador argentino que a comprou dará à peça, mas temos confiança de que será preservada para o futuro. Vai estar em boas mãos", afirmou.

Datado de 1952, em Paris, o documento contém 46 breves histórias em 60 páginas datilografadas de um lado só.

O mecanoscrito apareceu em Montevidéu em 2020, após a morte de uma pessoa que tinha uma grande biblioteca.

"Seu filho o encontrou em uma caixa de bananas, dessas de papelão que se usa para guardar coisas. Seu pai havia lhe dito que tinha algo que acreditava ter valor, mas como essa obra de Cortázar veio parar no Uruguai é um grande mistério", disse González.

 

AFP