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Verão

Especial

Três versões para obra de Tennessee Williams em cartaz em Porto Alegre

Público que conferir trabalho do grupo Teatro de Rotina assistirá a três espetáculos em um

"Chuva L", "As Palavras da Chuva" e "Chuva G" serão exibidas no Teatro Bruno Kiefer | Foto: Luan Cardoso / Divulgação / CP
A obra de Tennessee Williams, “Fala Comigo Doce Como a Chuva”, ganhou um cuidadoso impacto sensorial em “Palavras da Chuva”, que o diretor Leonardo Medeiros traduziu e montou com seu grupo, o Teatro da Rotina, marcado pelo experimentalismo. Pelo 23º Porto Alegre em Cena, está em cartaz desta quarta até sexta, no Teatro Bruno Kiefer (Andradas, 736), onde são apresentadas três versões, com intervalos de 10 minutos: 18h será “Chuva L”, de mulheres; às 19h15min será a heterossexual; e, fechando, às 20h30min, com “Chuva G”, que terá um casal de homens. Os ingressos custam R$ 80 (inteira).

Em um momento em que as questões de gênero estão em alta, o coletivo paulista voltado à pesquisa de linguagem incursiona em uma investigação sobre os tempos afetivos. Após vários experimentos, chegou à troca de sexo: “o personagem feminino representado pelo homem ganhou eloquência, talvez porque o autor fosse um homossexual reprimido”, fala o diretor. O resultado ficou interessante e daí para a criação do casal feminino foi um passo natural, acrescenta. Para Leonardo, “trata-se da mesma peça, luz e texto, o que muda são os gêneros. A diferença está na forma como o público vê uma relação”.

No processo de criação foi observado que o elemento água era repetido à exaustão no texto, o que fez com os atores contracenassem em uma piscina rasa. Neste palco, um casal trava diálogo sobre as dores do amor e o abandono. “A água tem significados muito amplos, arquetípicos, psicanalíticos, é um elemento relacionado ao amor, sexualidade”, justifica Leonardo.

Vera Pinto