Além de Brooker, outras pessoas importantes para o projeto dão depoimentos no vídeo, que ainda traz imagens de bastidores. O vice-presidente de produto da Netflix, Toddy Yellin, destaca que "Black Mirror: Bandersnatch" nasceu do viés inovador da empresa, de estar "sempre inventando o que é TV na Internet".
Depois de citar os primeiros testes com interatividade, com especiais infantis, ele fala da necessidade de criar algo maior, para adultos. "E se contássemos uma história sobre tecnologias novas usando tecnologias novas? 'Black Mirror' é perfeito para contar histórias interativas", diz ele.
No vídeo, Brooker também reafirma que não concordou com o projeto quando ele foi proposto pela plataforma de streaming. "A Netflix nos perguntou se estávamos interessados em fazer uma história interativa. Primeiro, pensei: 'não, não quero fazer isso'. E depois, foi irritante, porque tive uma ideia que cairia bem", conta.
Produtora de "Black Mirror", Annabel Jones ressalta que "Bandersnatch" representou uma nova forma de filmar para a equipe. Já o diretor David Slade conta que o roteiro ficou pronto tarde e que precisou ser refinado várias vezes. "Vira tanto um processo de cinema quanto um processo de criação de software, e não temos todas as respostas", sintetiza o produtor Russell Mclean.
Para terminar, Charlie Brooker diz que "Bandersnatch" é "'muito, muito Black Mirror'", utilizando a expressão que faz sucesso nas redes sociais. "Tem vários elementos diferentes de 'Black Mirror', todos ao mesmo tempo, e acho que funciona", conclui.
Veja o vídeo:
Correio do Povo