Meio século depois de seu lançamento, o jornal do Vaticano resgata o filme. Para a publicação, se trata de uma das maiores obras-primas do cinema mundial e certamente é "o melhor filme já feito sobre a vida de Jesus". "A humanidade febril e primitiva que o diretor mostra na tela termina por conceder um novo vigor ao verbo cristão, que aparece neste contexto mais atual, concreto e revolucionário", afirma o texto.
"O filme fala das periferias geográficas e existenciais", comentou ainda o diretor do jornal vaticano, Giovanni Maria Vian, ao compará-lo com um dos princípios do pontificado do primeiro papa da América Latina, Francisco. A produção usou como protagonista Enrique Irazoqui, um anarquista espanhol antifranquista, enquanto que a mãe de Pasolini interpretou a Virgem Maria. A obra foi digitalizada pela filmoteca do Vaticano, uma verdadeira raparação, tanto física quanto artística.
AFP