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Verão

Especial

Veneza se veste de cinema

Depois da edição deste ano do 49º Festival de Cinema de Gramado, é hora de o universo do cinema focar no Festival de Veneza, outro evento que marca o calendário das competições da sétima arte e que, nesta edição, terá produções da América Latina, incluindo o Brasil

Entre os 21 filmes selecionados para competir pelo Leão de Ouro, do 78º Festival de Veneza, está ‘Mães Paralelas’, o novo trabalho do diretor espanhol Pedro Almodóvar | Foto: FESTIVAL DE VENEZA / DIVULGAÇÃO / CP

Importante etapa na vida de filmes, de quem os realiza e de quem neles atuam, festivais de cinema como o de Veneza são janelas para o mundo. E, a partir do próximo dia 1º de setembro, esta janela se abre na mítica cidade italiana, com suas 117 pequenas ilhas separadas por canais e ligadas por pontes. São 11 dias em que o universo do cinema se reúne e apresenta o presente de suas produções e discute seu futuro. No ano passado, em sua 77ª edição, foi o primeiro do gênero a ocorrer presencialmente em meio à pandemia e que, depois de dez anos, premiou uma mulher na direção. Foi “Nomadland”, dirigido por Chloe Zhao, com Frances McDormand no papel de uma viúva, em seus 60 anos, que transforma sua van em moradia móvel e pega a estrada, buscando empregos sazonais ao longo do caminho nos EUA.

Agora entrando em sua segunda edição dentro da pandemia, a competição pelo prêmio maior de Veneza em 2021 está recheada de nomes famosos que vão de Pedro Almodóvar a Jane Campion, passando por Paolo Sorrentino e o chileno Pablo Larrain. Aliás, a edição vai marcar a presença do cinema da América Latina, com quatro filmes na competição oficial e três na seção Horizons, que é considerada a mais experimental, e de onde surgem, normalmente, nomes que vão marcar o futuro da sétima arte. Larrain retorna a Veneza com “Spencer”, depois de haver sido aclamado há seis anos pelo potente “O Clube”, sobre os mecanismos para encobrir padres pedófilos. Seu atual filme foca no fim de semana em que Diana de Gales, interpretada por Kristen Stewart, decidiu se divorciar do príncipe Charles, herdeiro da coroa da Inglaterra. Outra presença latino-americana em Veneza 2021, o venezuelano Lorenzo Vigas, premiado em 2015 com o Leão de Ouro com seu filme “Desde Allá”, chega com seu novo trabalho, “La Caja”. A elogiada dupla argentina Gastón Duprat e Mariano Cohn volta ao Festival com o filme “Competição Oficial”, protagonizado por Penélope Cruz e Antonio Banderas. Tem ainda o cineasta mexicano Michel Franco, que envolveu Veneza no ano passado com seu filme “Nova Ordem”, e agora apresenta “Sundown”.

No caso brasileiro, as presenças estarão em circuitos alternativos à principal premiação do Festival. “7 Prisioneiros”, de Alexandre Moratto, será exibido pela primeira vez no festival e concorre ao prêmio Orizzonti Extra, categoria lançada neste ano. O filme tem Rodrigo Santoro e Christian Malheiros no elenco e é produzido por Fernando Meirelles e Ramin Bahrani. Outra produção brasileira que será exibida em Veneza é o curta-metragem “Ato”, da cineasta e atriz Bárbara Paz. Depois de conquistar o Leão de Melhor Documentário no Festival de Veneza de 2019, com “Babenco...”, a atriz e diretora apresenta o curta, estrelado por Alessandra Maestrini e Eduardo Moreira, na Orizzonti Short Films.

O Júri do Festival de Veneza deste ano será presidido pelo cineasta sul-coreano Bong Joon-ho, aclamado com o Oscar pelo filme “Parasita”. Já em termos de homenagens, as principais serão concedidas à atriz norte-americana Jamie Lee Curtis, que recebe o Leão de Ouro pela carreira, e ao italiano Roberto Benigni, com o Leão de Ouro da Trajetória.

Marcos Santuario