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Verão

Especial

Willem Dafoe recebe Urso de Ouro Honorário no Festival de Cinema de Berlim

Ator foi premiado por suas realizações no cinema e brincou que se sente jovem para a láurea

Ele já participou de mais de 100 produções em sua carreira | Foto: Stefanie Loos / AFP / CP
O norte-americano Willem Dafoe, atualmente nomeado para um Oscar como melhor ator coadjuvante por seu trabalho em "Projeto Flórida", recebeu na noite de terça o Urso de Ouro Honorário em 2018 por suas realizações no cinema. Aos 62 anos, ele participou de mais de 100 produções cinematográficas, enriquecendo-as com suas performances expressivas e presença formidável. "Na verdade acho que ainda sou um pouco jovem para isso. Mas eu tenho trabalhado por quase 40 anos, então acho que é justo", brincou o artista ao receber questionado por repórteres se sentia velho por ganhar o troféu. "Este é um fruto das sementes que semeio e colhê-lo agora me dá grande prazer. Mas eu ainda tenho muito para fazer", completou.

"A coisa legal sobre envelhecer é que você entende melhor as coisas. Eu gosto de envelhecer e, enquanto há preconceito contra pessoas mais velhas em qualquer cultura popular, o curioso é que estou tendo mais oportunidades agora do que eu já tive", disse. Nascido em Appleton, no Wisconsin, em 1955 , ele começou a estudar atuação dramática na universidade aos 17 anos, mas abandou o curso no terceiro semestre para se juntar ao grupo de teatro "Theatre X". Começou a focar no cinema em 1980 e já trabalhou com uma dezena de diretores, como William Friedkin, Oliver Stone, Martin Scorsese, Alan Parker, David Lynch, David Cronenberge Lars von Trier. Contudo, afirma que não tem um preferido. "Parte de ser um ator é não ter uma preferência. Você ama o que está fazendo e se compromete com aquilo. Não tento comparar, é muito deprimente. Se você tem favoritos, então tente repetir trabalhos com eles. Tenho um carinho mais especial por alguns, mas não quero citar nomes", comentou.

Apesar do extenso currículo, ele foi quase sempre coadjuvante nos filmes em que participou, mas isto não é um problema para ale. "Eu me sinto muito confortável com isso. É como se eu fosse uma das cores de uma pintura". Ele admtiu que também gosta de trabalhar na televisão, ainda que não seja "atraído naturalmente" para as telinhas. "Eu realmente acho que há uma diferença entre a televisão e o cinema. Ultimamente, muita energia e recursos vão para a televisão. Senta-se na cultura de uma forma mais popular do que o filme. Mas ainda encontro muitas oportunidades no cinema e acho que o filme tem um poder especial, a TV quase nunca tem que criar um mistério e uma poesia. Sou mais obcecado com a narrativa", disse.

Para a homenagem ao artista, estão dez obras estreladas por eles estão sendo exibdos durante a programação do evento. Falando sobre seu mais recente longa, "Projeto Flórida", dirigido por Sean Baker, ele disse que "é um filme que eu realmente amo". "Estou muito orgulhoso de ter recebido minha terceira nomeação para o Oscar com ele e orgulhoso de representá-lo. O filme é um pequeno retrato de uma sociedade e fala muito sobre responsabilidade social e comunidade. Aprendi muito sobre um mundo que não conhecia", finalizou. Dafoe é um amigo íntimo do festival e tem sido um convidado na Berlinale no âmbito das exibições e até mesmo fez parte Júri Internacional em 2007.

Correio do Povo