Defesas que valeram classificação
Nas quartas de final, o Brasil pressionou no segundo tempo e exigiu grandes defesas de Courtois. Numa delas, nos acréscimos, Neymar mandou no ângulo e o arqueiro voou para mandar para escanteio, espalmando com a mão trocada e garantindo a vaga nas semifinais. Após temporada discreta no Chelsea, a Copa do Mundo recolocou o arqueiro belga entre os melhores do mundo, com rumores insistentes sobre possível transferência para o Real Madrid.
Três zagueiros
A Bélgica é um dos poucos times do campeonato que optou por montar uma defesa com três zagueiros, Toby Alderweireld, Jan Vertonghen e Vincent Kompany. Apesar da aparente lentidão dos defensores, os alas ajudam constantemente e a filosofia de Cruyff de defender com a bola ajuda a resolver a debilidade defensiva da equipe.
Flexibilidade no meio
O meio de campo é a região onde Roberto Martínez consegue mais flexibilidade e combinações para surpreender na Copa do Mundo. O desfalque de Thomas Meunier pelo lado direito poderia ser fundamental, não fosse as grandes atuações de Nacer Chadli. Se o técnico espanhol escolher um esquema mais defensivo, como contra o Brasil, Marouane Fellaini vai entrar no meio para apoiar Axel Witsel. Se quiser ser mais ambicioso, Yannick Carrasco entraria pelo lado esquerdo e Kevin de Bruyne seria mais recuado.
Contra-ataque feroz
Seja com a companhia de De Bruyne ou Dries Mertens, Eden Hazard e Romelu Lukaku formarão um tridente belga capaz de furar qualquer bloqueio. O ataque dos Diabos Vermelhos é o mais goleador do torneio, com 14 gols. O centro-avante do Manchester United se revelou mais do que um artilheiro, sendo capaz de jogar pelos lados do campo e dar passes para um companheiro melhor posicionado. A equipe belga pode até manter a posse de bola, mas leva muito perigo quando aposta no contra-ataque, com jogadores velozes e de alto poder de definição. Além disso, conta com a força do jogo aéreo, sobretudo quando Fellaini está no campo.
AFP