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Especial

Professora da Ufrgs recebe prêmio Para Mulheres na Ciência 2023

Pesquisa de Jade de Oliveira investiga os efeitos que dietas desequilibradas durante a infância podem causar a longo prazo

| Foto: Divulgação / CP

Para entender como a dieta na infância pode influenciar em diversos comportamentos ao longo da vida, como a depressão, a cientista Jade de Oliveira, professora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) quer estudar as relações entre a alimentação, a microbiota intestinal e o cérebro. Com essa pesquisa, ela venceu na categoria “Ciências da Vida”, do prêmio Para Mulheres na Ciência 2023, promovido pelo Grupo L'Oréal no Brasil, em parceria com a Academia Brasileira de Ciências (ABC) e a Unesco no Brasil.

De acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), 300 milhões de pessoas no mundo sofrem de depressão, e o Brasil é o país com a maior prevalência desta doença na América Latina. Com esse cenário, a pesquisa premiada examina os efeitos das dietas pouco balanceadas no cérebro, explorando sua correlação com o surgimento de doenças.

Com formação em Farmácia e Análises Clínicas pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), mestrado e doutorado em Bioquímica e pós-doutorado em Neurociências, Jade de Oliveira tem o objetivo de analisar de que forma a alimentação ainda na infância pode influenciar diversos aspectos comportamentais e as respostas ao estresse ao longo do curso da vida. "Minha motivação é ajudar a compreender os mecanismos bioquímicos e moleculares envolvidos em doenças tão impactantes na sociedade como as doenças metabólicas e as desordens que afetam o nosso cérebro", afirma.

A pesquisa

O foco do estudo é examinar as interações complexas entre a alimentação, a microbiota intestinal e o cérebro, alisando os efeitos adversos gerados pela alimentação rica em gorduras e açúcares. Mas a pesquisa vai além das preocupações com o ganho de peso e investiga, por exemplo, como dietas pouco equilibradas afetam o cérebro, desencadeando condições como a depressão.

O impacto do uso de antibióticos e da natureza dos alimentos na microbiota intestinal também é um aspecto explorado na pesquisa. Essas alterações podem desencadear neuroinflamação, danos neuronais e o desenvolvimento da depressão, dentre outros. O estudo ainda investiga o potencial benéfico do uso de probióticos e metformina (medicação para diabetes) como possíveis intervenções para preservar a saúde da microbiota e do tecido adiposo, visando proteger o cérebro contra os efeitos prejudiciais de desequilíbrios alimentares na infância.

Correio do Povo