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Verão

Especial

Notícia animadora

Por: Gilberto Jasper*

Humildade, do latim humilitas, é a virtude que consiste em conhecer as suas próprias limitações e fraquezas e agir de acordo com essa consciência. Refere-se à qualidade daqueles que não tentam se projetar sobre as outras pessoas, nem mostrar ser superior a elas”. O conceito explica uma qualidade que parece estar fora de moda.

Em tempos de onipresença das redes sociais, falar em humildade soa ridículo, piegas, ultrapassado, demodê, como se dizia antigamente. É cada vez mais difícil encontrar pessoas que cumprem suas obrigações como cidadãos e seres humanos sem alardear através de fotos, vídeos e conteúdos digitais “para o mundo saber”.

Apesar da imposição de divulgação da própria imagem autoelogiada, existem milhões de brasileiros que através do trabalho voluntário desempenham uma função social fundamental. Pesquisa realizada do final de 2021 até o início deste ano indica que pelo menos um terço da população economicamente ativa realiza este tipo de ação voltada a quem mais necessita, preenchendo lacunas que o Estado não contempla.

O levantamento, realizado em São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Salvador, Fortaleza, Manaus, Curitiba e Porto Alegre, revelou também que 59% dos voluntários ganham até três salários mínimos. Isso comprova que a solidariedade é atitude bastante comum junto aos assemelhados. “Fazer o bem sem olhar a quem” é hábito cultivado majoritariamente por mulheres com média de 43 anos de idade.

Porto Alegre é a capital com maior contingente de voluntários que participam de forma independente de ações beneficentes. Isso significa que estes gaúchos não são engajados para exercer o voluntariado através de entidades ou instituições, agindo de maneira individual.

Os dados da pesquisa – que ouviu 2.086 pessoas – revelam que felizmente ainda é grande o número de pessoas que encontram espaço no cotidiano para doar tempo e trabalho de forma espontânea, sem remuneração, para desenvolver atividades para quem mais necessita. A pandemia turbinou a miséria, ampliou o contingente de necessitados e exige o comprometimento de todos nós. Para ser voluntário não é preciso inscrição, crachá ou participação em uma instituição beneficente. Fazer o bem a quem necessita exige apenas sensibilidade para lembrar que há milhões de irmãos que sequer fazem uma refeição diária.

* Jornalista