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O Zoológico de Houston, Estados Unidos, trabalha com animais artistas desde 2005. O projeto começou a ser desenvolvido com as antas brasileiras por iniciativa da pesquisadora Patrícia Medici, do Instituto de Pesquisas Ecológicas (IPE). Em contato com ela, a técnica em veterinária do Gramadozoo, Christina Capalbo, começou a estimular as antas do parque a pintar telas utilizando a pequena tromba (probóscide). “Somos o primeiro zoológico a trabalhar com as antas pintoras no Brasil”, diz.
Christina observa que o Zoo de Houston enviou tintas especiais importadas atóxicas para Gramado. “Fizemos vários testes com corantes naturais não-tóxicos. Utilizamos pó de beterraba e outros, mas as telas não absorviam a tinta. Com apoio da Patrícia Medici e do Zoo de Houston, começamos a produção efetiva das telas em fevereiro”, conta.
Conforme ela, o projeto serve como atividade ocupacional para as antas. “Em média, fizemos duas sessões por semana, mas elas pintam apenas quando tem interesse pela atividade, o que ocorre na maioria das vezes”, diz. Além de utilizar as antas do zoo como embaixadores para a conservação da espécie, o projeto Antas Pintoras busca tirar um preconceito acerca do animal. “Ao contrário do que muitas pensam, a anta é um animal extremamente inteligente. Queremos que as pessoas conheçam para que ajudem a conservar a espécie, que está quase extinta na região sul do Brasil”, frisa.
BICHO SALVA BICHO
Segundo ela, as telas pintadas pelos animais estarão em exposição a partir de novembro. Em breve, o zoo pretende fazer leilão das obras e reverter o valor arrecadado para projetos de conservação da anta brasileira realizados pelo IPÊ. Outra iniciativa do Gramadozoo para ajudar projetos de conservação é o Bicho Salva Bicho, que fará sua próxima doação para a espécie. O zoo de Gramado completa cinco anos nesta sexta-feira.