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Exemplo de amor aos animais

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O morador de rua Giová Cunha de Deus, 60, impressiona os observadores. Artesão, vindo de Bagé para fazer exames médicos no joelho, acabou ficando na cidade. Tomou as ruas como casa e acolheu os animais para companhia. No carrinho de supermercado, sobre o piso improvisado de papelão, Bolinha, Amigo, Vitória e Beethoven dividem a atenção. Os cachorros são os seus companheiros, assim como os gatos Negão, Tibica, Princesa e Chiquinha. Segundo Giová, ainda há mais animais “em casa” sob uma das alças do Túnel da Conceição, totalizando o número de 12 gatos e 13 cachorros, que estão disponíveis para adoção.
Para alimentar todos os animais é preciso persistência. Três sacos pretos de lixo, presos ao carrinho, guardam garrafas de plástico e latinhas para reciclagem. “Eu vendo para a cooperativa. É como faço
para conseguir comida para nós.” Como não consegue alimento suficiente com as vendas, caminha em busca de contribuição. “Não posso deixar meus bichinhos com fome. No pulso direito, um cordão preto segura a chave que abre o cadeado da tela improvisada debaixo do viaduto, onde permanece o restante dos animais.
Depois de viver três anos em Porto Alegre, agora pretende retornar à cidade natal. “Mas não poderei levar todos os meus bichos. Preciso encontrar lares para eles.” A ideia é levar pelo menos Bolinha, Amigo, Vitória e Beethoven. O homem que dedica sua vida e reparte o que tem aos bichos ensina: “Eu vivo para cuidá-los e busco, além de tudo, quem possa amá-los, assim como eu".


 


Texto Jézica Bruno // Fotos Ricardo Giusti