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Verão

Especial

Derrota da Renault

Marca francesa deixa a Rússia devido à guerra na Ucrânia

| Foto: Kirill Kudryavtsev / AFP

Tudo parecia tranquilo para a Renault em suas operações na Rússia, que era seu segundo mercado global. As fábricas da AutoVaz, sob domínio dos franceses, produziam para o forte mercado interno russo e exportavam para a Europa do Leste e Europa Ocidental os carros da Lada. Em 2020, a Renault teve um lucro líquido de muitos bilhões na Rússia onde a Renault AutoVaz tem participação de mercado de 30%. 

Devido à guerra na Ucrânia a Renault saiu da Rússia e vendeu sua estrutura industrial para o governo russo pelo preço simbólico de 1 rublo. O mais surpreendente viria a seguir quando o prefeito de Moscou, Sergey Sobyanin, anunciou na mídia global que a unidade industrial de Togliatti, na qual a Renault investiu bilhões de euros e que tem capacidade de produção de mais de 1,5 milhão de unidades anualmente, produzirá modelos com a marca Moskvitch, que, fundada em 1946, permaneceu ativa até 1991. É irreal e inviável que a Moskvitch produza veículos atualizados em tecnologia, sem a ajuda da Renault que, no comando da AutoVaz, modernizou e tornou competitiva a linha Lada. 

A Renault deixa a Rússia com uma participação de 70% no capital da AutoVaz, que produz os automóveis da Lada. O presidente mundial da Renault, Luca de Meo, afirmou nesta semana que sair da Rússia visa preservar os empregos de 45 mil funcionários. Mas fica evidente a verdadeira intenção atrás da saída da Renault. A inacreditável volta da Moskvitch é apenas mais uma vingança de Vladimir Putin, que humilha a montadora francesa, um dos símbolos mais vistos e tradicionais do capitalismo ocidental. 

 

Renato Rossi