O presidente mundial da Tesla Motors, Elon Musk, convidou representantes da imprensa europeia para um encontro na recém-inaugurada unidade industrial de Grünheide, que é uma bucólica cidade nos arredores de Berlim. Tem muito verde por ali, e os ecologistas alemães protestaram contra a instalação da fábrica. Alegavam que o consumo de água na produção geraria problema numa região que não tem o recurso em abundância.
Musk foi obrigado a contratar uma consultoria de meio ambiente que, através de palestras científicas e visitas de especialistas em engenharia ambiental à fábrica, convenceu a população que a fábrica, com capacidade de produção de 500 mil carros anualmente, é “amiga” das pessoas, da fauna e da flora. A unidade já está operacional, e 54 mil Tesla Y serão fabricados até o final de 2022. Em 2023, serão 260 mil até atingir a produção máxima em 2025.
No encontro, Musk, mais uma vez, citou a inviabilidade do petróleo e daqueles que o exploram. Ele definiu como imoral a “chantagem” das empresas petroleiras que, num momento trágico para o mundo como o que se vive hoje, aumentam os preços do combustível. E só o carro elétrico pode romper este ciclo de especulação financeira e de destrutividade ambiental.
O executivo adiantou ainda que até 2030 a Tesla estará produzindo 20 milhões de carros anualmente em suas diversas unidades industriais pelo mundo. E a marca já possui 16 fábricas. E se sabe que Musk tem um especial interesse pelo Brasil, com um amplo território e mão de obra qualificada na indústria automotiva.
Renato Rossi