A Volkswagen dos Estados Unidos mandou um release na segunda-feira aos principais veículos de comunicação do país como The New York Times e USA Today. A informação era de que a Volkswagen passaria a se chamar Voltswagen, numa alusão à crescente e rápida eletrificação da marca, que pretende dar um adeus definitivo aos motores a combustão em 2030. E fontes da Volkswagen americanas confirmaram na terça-feira que a notícia era verídica e que a Volkswagen mudaria o nome para Voltswagen, para salientar o comprometimento com a produção de veículos elétricos.
Porém, a notícia era falsa. E, na quarta-feira, a fake news foi admitida pelo presidente da montadora nos EUA, Scott Keogh. Na quarta-feira, executivos da Volkswagen, na sede da empresa em Wolfsburg (Alemanha), admitiram que a Voltswagen era uma “brincadeira”, um april fool’s (primeiro de abril). A explicação não convenceu. E os veículos de comunicação enganados pela falsa informação reagiram. Um jornalista do USA Today escreveu que uma montadora que já enfrenta um grave problema de credibilidade no dieselgate de 2015 não podia brincar com um tema sério e comprometido como a preservação ambiental na eletrificação do automóvel.
Ontem, executivos de Wolfsburg voltaram a citar o nome Voltswagen, como uma estratégia de marketing que complementava a apresentação feita pelo presidente mundial do Grupo Volkswagen, Herbert Diess, uma semana antes. Diess citou o investimento recente de 46 bilhões de euros à eletrificação de 80% da frota até 2025. E reforçou que a Volkswagen será a líder global na produção e venda de carros elétricos até 2030.
Renato Rossi