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Verão

Especial

Crítica ao comunismo

“O Baile dos Bombeiros” mostra ineficiência do sistema soviético na Tchecoslováquia

Bombeiros corruptos e ineficientes são o retrato do comunismo tcheco | Foto: Carlo Ponti Cinematografica e Filmové Studio Barrandov / Divulgação / CP

O cineasta tcheco Milos Forman lançou "O Baile dos Bombeiros" em 1967 – foi seu primeiro filme em cores e o último que fez na antiga Tchecoslováquia antes de fugir para o Ocidente. Naquele ano, o pais vivia um período de relativa liberalização do regime comunista, a Primavera de Praga. Porém um ano depois, os tanques soviéticos invadiram Praga e acabaram com qualquer ideia de liberdade.

“O Baile dos Bombeiros” pode ser visto como sátira ao regime socialista, mostrando toda a sua ineficiência e corrupção. A trama se passa durante cerca de 24 horas em uma cidade do interior tcheco, onde os bombeiros organizam um baile em homenagem ao patrono da corporação, um homem de 86 anos que não sabe, mas está morrendo, vitimado por um câncer. E Forman foca em toda a burocracia e corrupção que imperava.

Os organizadores da festa legislam em conta própria, escolhendo as rainhas do baile – selecionando as garotas mais bonitas e as colocando numa sala fechada, como se fossem os donos dos corpos delas -, a falta de bens de consumo, quando ficam roubando as bebidas e comidas trazidas para a festa. E ainda a ineficiência do serviço público. Eles são bombeiros, mas deixam uma casa de um idoso queimar, por demorar a fazer o atendimento. Enquanto observam o incêndio, apenas aconselham o dono da residência a colocar a sua cadeira um pouco mais perto do fogo para não pegar um resfriado. Patético.

A crítica ao sistema é flagrante e realista. Forman acabaria escapando para o Ocidente e se consagraria em Hollywood, com obras como “Um Estranho no Ninho”, “Hair”, “Amadeus”, “Na Época do Ragtime” e “O Povo Contra Larry Flint”.

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Chico Izidro