Se as mulheres jogam futebol da mesma forma que os homens, por que elas não recebem a mesma remuneração? Por causa deste protesto, foi criado o movimento GoEqual para pedir igualdade entre os gêneros no futebol e conta com a atacante Marta na linha de frente da campanha.
Na partida contra a Austrália, nessa quinta-feira, pela Copa do Mundo Feminina, a jogadora chamou atenção pelas chuteiras pretas sem qualquer patrocínio, apenas com um símbolo de igualdade em azul e rosa, que faz parte da iniciativa.
"O que poderia ser só um acessório esportivo se tornou instrumento de manifesto. As chuteiras de @martavsilva10 pro jogo da #FIFAWWC hoje foram um protesto silencioso pedindo equidade salarial para nossas atletas. Equidade é algo pelo qual devemos todas e todos lutar. Afinal, somos iguais", diz a iniciativa.
Falta de proposta à altura
Martha comentou que decidiu jogar sem patrocínio na Copa do Mundo Feminina por causa da falta de uma proposta realmente boa de marcas como Nike, Adidas e Puma, mesmo tendo sido eleita seis vezes a melhor do mundo pela Fifa.
Já a campanha da GoEqual luta, exatamente, para que mulheres recebam o mesmo salário que grandes astros masculinos, como Cristiano Ronaldo, em propagandas esportivas.
"O futebol é o esporte com mais audiência do mundo. Patrocínios milionários. Recordes celebrados. Ícones imortalizados. Seria um esporte completo, se as seleções femininas recebessem a mesma importância do que as masculinas. Enquanto isso não acontece, nossas vozes não se calam", diz a publicação da GoEqual no Instagram.
No jogo contra a Austrália, Marta marcou um dos gols da seleção brasielira e se tornou a primeira atleta a fazer gol em cinco mundiais diferentes, além de ter se igualado ao alemão Miroslav Klose na artilharia da competição com 16 gols.
Lou Cardoso