Sem ver com os próprios olhos é até difícil acreditar que exista, no Rio Grande do Sul, um local como o Hospital-Colônia de Itapuã. Funcionando desde 1940 no distrito de Viamão, a 58 quilômetros do Centro de Porto Alegre, a instituição serviu para internar 2,4 mil portadores de hanseníase (antigamente chamada de lepra). Entre 1940 e 1962, a internação era obrigatória. As autoridades sanitárias capturavam os doentes, onde quer que fosse, para isolá-los da sociedade. Mesmo com a descoberta da cura da doença e com o decreto que terminou com a internação compulsória, Itapuã continuou recebendo hansenianos até a década de 1980. Hoje, 28 ex-hansenianos ainda residem lá e o governo do Estado se compromete a manter o leprosário até que o último morador exista. A maioria dos prédios está desativada e as ruas quase vazias, um ambiente que ajuda criar um clima de melancolia e a sensação de isolamento. Clique aqui para ler a matéria completa.
Texto: Cíntia Marchi
Fotos: Samuel Maciel