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Escrever à mão. | Foto: Alina Souza

Letras deslizam sobre linhas, constroem significados, ávidas por preencher a folha em branco. A mão conduz, desenha, transparece a intimidade do instante. Observo esse momento como quem reencontra um documento perdido em meio à parafernália tecnológica. Descubro a saudade dos cadernos da escola, das cartas que escrevi de próprio punho para as melhores amigas na adolescência. O pensamento se delineava no compasso da escrita. Primeiro a caneta no papel, depois as ideias, a inspiração. Um ritual. Bem, os tempos mudaram. Mudamos. Agora os dedos digitam com uma velocidade surpreendente em telas de celulares. E a famosa caligrafia de médico está sendo substituída pelas fontes claras dos computadores. Mensagens bem mais fáceis de entender. Porém, difíceis de sentir, entrever o ser humano, tocar a essência não formatada. Diante de tantos textos copiados, repetidos dentro de máquinas, ainda prefiro um singelo recado escrito à mão, vivo, autêntico, seja com a letra delicada, seja com as marcas do cansaço. 

 

Texto e fotos: Alina Souza

 

Alina Souza