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Sutilezas

Entre vestígios de obra abandonada, uma folha acorda os sentidos

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Entre vestígios de obra abandonada, uma folha acorda os sentidos. Palavra delicada em meio aos discursos enferrujados. Assim como ela, há tantas flores que crescem nas falhas do asfalto, gentilezas dentro da multidão ansiosa, atitudes de solidariedade sobrepondo-se à competição. Sutis, sinceras. Amenizam os ruídos, enternecem os ventos brutos. Uma ponta de vida ainda não coberta pelos tijolos, argamassa, cimento armado. Suspiro, mesmo que o plástico desidrate o entorno. Carta na qual as frases seguem o fluxo das ranhuras naturais, pedem fotossíntese, calma, sossego, paz. Pausa. Fuga da gravidade oca da estupidez. Em vez do dedo em riste, o diálogo. O perdão. Dessas levezas, os olhos se inundam de amor. De esperança. Alguns enxergam como ingenuidades do romantismo. E daí? Melhor o aperto de mão que o punho cerrado. Plantar rosas no solo árido nem que seja para a felicidade de alguns instantes. Procurar a suavidade dos atos, ainda que venham com solavancos na contramão.

Alina Souza