Há um movimento, não tão silencioso, porém não escancarado, de dirigentes de clubes, federações, CBF e do governo federal brasileiro, para a retomada do futebol, nem que para tanto tenha que se atropelar os mandamentos da medicina.
É possível que uma notícia vinda do Exterior sensibilize estas pessoas.
Diga-se que nenhuma delas entra em campo.
Portanto, estão forçando para que se faça roleta russa com a vida dos outros.
Estudo do Edge Heath, um grupo que analisa dados para o Serviço Nacional de Saúde britânico, calcula que a realização do confronto entre Liverpool e Atlético de Madrid, na Inglaterra, pela rodada de volta das oitavas de final da Liga dos Campeões da Europa, em 11 de março, provocou 41 mortes pelo novo coronavírus.
O estudo foi divulgado pelo jornal The Sunday Times.
O treinador do Liverpool, o alemão Jurgen Klopp, chegou a afirmar que o fato de os jogadores terem ido a campo foi criminoso.
Foi criminoso, sim, mas fica a pergunta: quem pagará pelas vidas ceifadas, por tamanha irresponsabilidade?
Para encerrar.
Matthew Ashton, diretor de saúde pública de Liverpool, declarou que o duelo não deveria ter acontecido.
Repito: Matthew Ashton, diretor de saúde pública de Liverpool, declarou que o duelo não deveria ter acontecido.
Mas, quando se trata de coronavírus, há por aqui um desfile de palpiteiros, gente que nada entende de ciência ou medicina, escancarando ignorância.
Querem a volta do futebol, mas não assumem a responsabilidade.