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Verão

Especial

Festejar G-6 é aceitar que estamos a reboque

Quando mataram o mata-mata, nos mataram

Vai tempo cometi a  sentença que segue.
“Há profecias que torço para dar errado. 
Escrevi que Internacional e Grêmio jamais seriam campeões do Brasileiro depois do advento dos pontos corridos. 
E que vaga na Libertadores seria garantia de festa na avenida Goethe.
O Brasileiro por pontos corridos começou a ser disputado em 2003. Estamos na 16ª edição.
Só em 2006, já com 20 times, Grêmio e Inter figuraram os dois no G-4.
Ao virar contra o modesto Vasco por 2 a 1, com as calças na mão, aos 49min do segundo tempo, aproveitamento um frangaço do goleiro, o Grêmio passou a ocupar o quarto lugar pelos critérios.
Ao empatar em 1 a 1 diante do modestíssimo Ceará o Inter manteve o segundo lugar, agora dois pontos na frente do terceiro, o Fla.
É possível que 12 anos depois tenhamos Inter e Grêmio direto numa Libertadores. 
Vai dar Goethe. Continuamos como único dos quatro grandes estados futebolísticos de um canequinho sequer do Brasileiro.”
Hoje, porque vento que sopra Norte amanhã pode soprar Sul, hoje minha profecia surge equivocada. 
Não é o G-4, a vaga direto na Libertadores, que vai dar em festa na avenida Goethe.
As duas últimas rodadas do Brasileiro promoveram um certo regozijo entre os gremistas e colorados menos exigentes pela troca de posição entre Grêmio e Inter. 
Ora um está em sexto lugar, ora outro. 
É o festejo da mediocridade, a comemoração do nada, a aceitação de que estamos a reboque. É o ataque da síndrome do coitadismo.
Continuamos e continuaremos como único dos quatro grandes estados futebolísticos sem um canequinho sequer do Brasileiro por pontos corridos. 
Nosso negócio era o mata-mata. 
Quando mataram o mata-mata, nos mataram.
Tem água por rolar no campeonato, ainda serão disputados 36 pontos, mas as chances de título de Inter e Grêmio já foram reduzidas a pó. 
Estamos como coadjuvantes. 
O líder Flamengo livrou 19 pontos do Inter. E 20 do Grêmio. 
O Flamengo tem sete vitórias a mais (19 contra 12) do melhor gaúcho na competição, o Inter. 
São dez oceanos separando os dois times.
No Infobola, o time carioca aparece com 93% de chance de levantar a taça. 
O Palmeiras tem 4% e o Santos, 3%. São os dois únicos concorrentes, embora nem os quero-queros de Torres apostem um cafezinho sequer de que o Palmeiras vá tirar os oito pontos de diferença que o separam da máquina atual do futebol nacional que é o Fla.
Se o amigo leitor tivesse que apontar os favoritos para ganhar o Brasileiro de 2020 indicaria quais times? 
Os meus seriam Flamengo e Palmeiras, nesta ordem. 
Colocaria Grêmio e Inter numa segunda faixa ao lado de São Paulo, Santos, Corinthians...Porque não há indicativo de que os endinheirados Flamengo e Palmeiras sofrerão desmonte ao final da temporada. 
Devem se reforçar.
Só há uma chance do RS voltar a ter chance de caneco no Brasileiro: o retorno do mata-mata. 
Até lá, vamos seguir apenas morrendo.