Primeiro teve protestos do torcedor pelo empate sem gols entre Inter e Real Tomayapo.
Depois, um grupo de torcedores ligados às organizadas teve permissão para conversar com dirigentes.
Conversar é um eufemismo para intimidar.
Radicais de organizadas ajudaram a colocar a atual gestão no poder em duas eleições.
Para estes, não basta berrar nas arquibancadas.
É preciso mais.
Ontem, foi protocolada denúncia contra um conselheiro do Povo do Clube que ameaçou “cantar a chinela”.
A ameaça tinha alvo, integrantes do movimento Tradição, dissidência do próprio Povo do Clube.
Se, assim, no condicional, se a atual gestão está refém das organizadas, bem, aí é o fim da picada.
O relacionamento chegou ao limite extremo daquilo que poder ser admissível ou tolerável.
Radicais não se interessam pela instituição. Tem interésses.
Uma viagem aqui, um ingresso ali, um carguinho ali, uma vaguinha no conselho. Promover qualquer aliança para alcançar o poder é nitroglicerina pura.
Tal substância é explosiva, sensível a atritos e aumento de temperatura.
A temperatura do Inter anda altíssima.
Hiltor Mombach