Teriam perguntado para Bernard Shaw o que ele achava da multidão. Resposta:
"Gosto ou desgosto de quem tem uma cara só”.
Como Bernard Shaw definiria povo?
Não uma definição retirada do dicionário.
Quando ou penso em povo, penso em povo.
Não sei se me fiz entender.
Vem aí a eleição do Inter.
Dois personagens ganharam manchetes:
Delcir Sonda e Elusmar Maggi.
Ambos nadam em dinheiro.
Os presidenciáveis fazem questão de propalar Sonda e Maggi como apoiadores.
Como se eles sustentam ou sustentarão o clube.
Quem sustenta é o torcedor, o sócio, ou o povo.
Dito isto, prossigo.
Já vi muita gente emprestar dinheiro para clube de futebol.
Jorge Gerdau ajudou a comprar Jardel.
Renato certa feita emprestou uma grana alta para o Grêmio. Hoje, um arrozeiro socorre o clube volta e meia.
O Inter também teve seus socorristas.
Porém, até hoje só vi um doar dinheiro.
Falo de Sonda, da doação de R$ 25 milhões para o Inter.
Uma coisa, amigos, é emprestar apoio a um candidato ou dinheiro a um clube.
A outra, dez oceanos mais importante, é dar dinheiro. Não pouco, milhões.
Hiltor Mombach