Carlos Corrêa / Interino
Renato tem razão. Está na hora de Suárez falar. A mensagem desta vez não foi uma indireta, foi um recado bem direto e claro. Nas entrelinhas, o Grêmio está aos poucos perdendo a paciência com o protagonista da "novela mexicana", como descreveu o treinador. Porque afinal de contas, o desgaste está caindo todo no colo do clube, enquanto o atacante segue em silêncio.
Ontem, após a vitória sobre o Atlético Mineiro, quando questionado sobre o uruguaio, Renato primeiro disse que não falaria do assunto. Estava no seu direito, afinal de contas havia falado, e falado bastante sobre o caso na quinta-feira. No entanto, mais tarde, questionado pela repórter Mauri Dorneles, da Itatiaia - que também estava no seu direito de insistir - o treinador falou sobre o caso que vem se arrastando há semanas.
Foi quando em determinado momento, o técnico disse para perguntarem a Suárez sobre a situação. O problema é que Suárez não fala, não dá entrevistas. E aí ninguém sabe o que El Pistolero quer, pensa ou projeta. "Eu tenho uma língua só, eu falo por mim. Ele não fala, aí fica a gente aqui no meio do tiroteio, Sempre o presidente, a diretoria, o treinador". Mais claro, impossível.
Ninguém pode forçar Suárez a falar. Mas uma entrevista do atacante esclareceria uma série de pontos:
- Ele pretende ficar no Grêmio? Pelo menos até o final do ano?
- Ele quer jogar com Messi no Inter Miami o mais rápido possível?
- Se ele sair agora, ele vai pagar a multa prevista no contrato? Ou qual sua oferta?
Enfim, questionamentos não faltam. O que falta é Suárez falar.
Carlos Corrêa