Está chegando o fim do mundo.
Índicios não faltam.
Provas materiais não são necessárias.
As evidências estão por toda parte.
O Grêmio jogou sua última partida no Olímpico.
Madonna, em fim de carreira, mostrando os sinais da idade, segundo a especialista Val Marchiori, deu um pontapé final nas atividades do vitorioso estádio do Grêmio.
Oscar Niemayer saiu de cena.
Hugo Chávez vai se operar em Cuba e indicou um sucessor Maduro.
Belchior foi visto atrás de uma árvore no Moinhos de Vento.
O que significa?
Nem a cultura Maia permite concluir.
O STF pretende cassar hoje deputados sem deixar a última palavra à Câmara dos Deputados.´
É o fim.
Da independência dos poderes.
Por que o PT não aproveita o clima de fim do mundo e não se livra de José Dirceu e cia?
Por que não os manda para os quintos dos infernos?
Por que quer pagar as multas dos infratores?
Será que tèm mais culpa no cartório - quem deve, teme - e não pode queimar arquivos sob pena de ser queimado por eles em praça pública presencial e virtual?
Até o Dem expulsa seus corruptos.
O PT, mesmo em tempos de apocalipse maia, não dá o braço a torcer.
Ninguém fez nada. Foi caixa dois, foi pela causa, ninguém enriqueceu pessoalmente, o julgamento é político, tudo não passa de um equívoco, não há razão para expulsões, tudo intriga da oposição.
Para os petistas, o mundo de desculpas não tem fim.
O jogo com a corrupção também não.
A corrupção é muito útil: para corruptos e corruptores, para a luta política, como munição para qualquer oposição, e como fábrica de manchetes para a mídia.
Se não existisse, teria de ser inventada.
Na Argentina, o grupo Clarín, com ajuda da justiça, adiou o fim do mundo.
Não terá de abrir mão dos seus meios excedentes por agora.
Por lá, os fins justificam os meios.
Aqui, o fim depende de Joaquim Barbosa.
Ao menos, para João Paulo Cunha e caterva.
Se o mundo acabar, de quem será a culpa?
Será possível aplicar a teoria do domínio do fato para explicar o acontecido?
Tudo dependerá do relator.
E do relato.