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Verão

Especial

Maranhão dá recado de Cunha

Coerência não é o forte do edifício jurídico brasileiro.

Presidente da República é afastado quando se torna réu.

Presidente da Câmara dos Deputados, não.

O ministro do STF Teori Zavascky levou cinco meses para julgar uma questão de urgência.

Ao final, concluiu que Eduardo Cunha, no posto, conspirava contra a dignidade da Câmara.

Teori, na prática, permitiu que Cunha conspirasse durante cinco meses.

Descumpriu preceito fundamental?

Só agiu quando viu que uma Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental, de autoria da Rede, poderia anular o impeachment por ele ter sido instaurado por um réu indigno?

Percebeu Teori que a sua inação seria desmascarada?

O baile seguiu.

Eduardo Cunha foi afastado para minimizar o estrago já enorme.

Se há impeachment foi porque Cunha bancou e Teori deixou.

A decisão de Waldir Maranhão de interromper o processo de impeachment parece claramente um recado de Cunha, através do amigo obscuro e contraditório, para Michel Temer. Assim: "Essa presidência você me deve. Assim como dei, posso tirar". Cai a máscara. Cai o pano. Cai tudo.

O impeachment é um grande teatro escrito por homens de rompantes.

O direito é apenas um verniz para dar uma imagem de legalidade a cada cartada política.

Ganha que aposta mais e não pisca.