Rasante
Nas asas da gaivota que eu parti
Dessa terra sem mar longe daqui
Minhas armas jaziam na África
Meu coração ardia doce páprica
Às margens vastas do negro Congo
Silvo, suave, melancólico e longo
Vento quente me leva de volta
Para esse campo suave onde nasci
Cabelo solto num sorriso franco
Destino incerto, página em branco
Voo na solidão estranha da saudade
Lua, lenta, rola a luz do amanhecer
Me traz de volta a vida que eu sonhei
Traz de novo o sonho que eu voltei
Ilumina a rosa triste que eu parti.