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Verão

Especial

Uma questão crucial sobre o futebol

Tem leitores que insistem em postar comentários com palavrões ou agressões homofóbicas.

Perda de tempo. Não serão publicados.

Outros, destilam uma agressividade espantosa sobre aspectos físicos das pessoas.

Daí a minha pergunta: o futebol imbeciliza as pessoas ou as pessoas imbecilizam o futebol?

E minha moral paradoxal: o futebol só é interessante quando é irrelevante na vida das pessoas.

Quando se torna essencial para um torcedor, a ponto de torná-lo fanático, perde a graça.

Tem gente que me acha fanático pelo Inter.

Engano total.

Eu gosto do Inter.

Mas jamais me permitiria negar a realidade por ser colorado.

Nem prometo ser colorado toda a minha vida.

O futuro está sempre em aberto.

Nunca diria que um pênalti não foi pênalti a favor do Grêmio sem acreditar nisso.

Jamais diria que o Muriel é melhor do que o Vitor.

Ou que é Luxemburgo é um incompetente desde sempre e para sempre.

Sentir pena não é um sentimento nobre.

Mas sinto pena de pessoas que canalizam para o futebol toda a sua libido.

É uma vida espiritual pobre.

Gosto de tocar uma flauta.

Acho legal receber uma flauta inteligente, bem-humorada, divertida.

Fico chocado com a grosseria de alguns.

A culpa, claro, não pode ser do futebol, que é só um jogo.

A imbecilidade estraga tudo em qualquer lugar.

E pode assumir faces muito feias: racismo, homofobia, violência, bullying.

Tudo isso transcende cores de clubes.

A estupidez é universal, suprapartidária, a mais bem distribuída mazela humana.

Nem chute no traseiro acaba com ela.