No último mês de fevereiro, a marca “Horizontes” foi a escolhida entre três finalistas para apresentar Porto Alegre ao mundo. Quarenta escritórios de design se envolveram no desenvolvimento dos projetos classificados, que tiveram, ao todo, mais de 10 mil votos. A ideia de sua criação começou em 2017, pelo movimento Pacto Alegre, que abriu a proposta de participação popular no final de 2021. No entanto, a marca já foi escolhida há quase quatro meses. Então, por que ela praticamente não é vista nas ruas?
Conforme o secretário de Comunicação de Porto Alegre, Luiz Otávio Prates, há algumas ações sendo desenvolvidas nos bastidores.
“Estamos terminando um projeto de lei que vai à Câmara nas próximas semanas para institucionalizar a marca como oficial da cidade”, diz ele, ressaltando que a prefeitura em si vai continuar utilizando o logotipo próprio e o conceito da gestão. Outra é substituir a atual peça da Prefeitura no muro da Mauá pela marca, possivelmente, no final da próxima semana e ainda exibi-la nos relógios de rua, com prazo maior.
Segundo Prates, seu pouco uso até o momento deve-se ao prazo para consolidação da marca, que se dá “a médio e longo prazo”. “Não é algo também que é feito do dia para a noite. É preciso amadurecer bem este processo”, diz. Alguns lugares já a utilizam sem custos, como um ônibus da Linha Turismo, serviço atualmente privatizado, o Tecnopuc e uma rede de cafeterias de Porto Alegre.
“Não é apenas o poder público que precisa fazer sua parte para potencializar uma marca da cidade. As empresas podem promovê-la em seus negócios e a sociedade civil deve se inserir também neste processo”, defende. A criação tem como objetivo alinhar Porto Alegre a outras cidades com marcas próprias, como Nova Iorque, Porto e Amsterdã. E o desenho é acompanhado da frase “Pra se encontrar”. Portanto, que a marca da Capital siga seu próprio exemplo e seja, enfim, encontrada em mais lugares.
Felipe Faleiro