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Verão

Especial

Frank Jorge: música e literatura lado a lado

Músico e escritor acredita na união das duas áreas no processo criativo

Música e literatura podem ser aliadas | Foto: Mauro Shaefer

*Rômulo Vizzotto (3º semestre UniRitter)

A música pode ser uma influência na vida das pessoas. O impacto que ela traz e a imaginação fértil na qual somos inseridos são grandes potencializadores para voos mais altos. A literatura, aliada à música, nos constrói como seres que, além de pensar, compreendem com mais facilidade as palavras. E até mais do que isso: pode construir sonoridades. Assim é levada a vida do multi-instrumentista e escritor Frank Jorge.

Para os recém-chegados nos caminhos da vida, Jorge Otávio Pinto Pouey de Oliveira, seu verdadeiro nome, é cantor e participou de bandas de renome do rock gaúcho, como Os Cascavelettes, Graforréia Xilarmônica e a TeNenTe Cascavel. Caçula de seis irmãos, Frank começou a se envolver nos mundos da música e da leitura muito cedo, através dos gostos dos irmãos e dos pais.

Do tango de Francisco Canaro, passando pela MPB, músicas eruditas, até o heavy metal do Led Zeppelin, Frank Jorge tem, segundo ele, um espectro muito amplo de “experiências musicais e literárias”. Mas onde entra a literatura na vida dele? Formado em Letras, na Pucrs, Frank assume que gosta de ler bastante e tem, em suas inspirações, autores como Charles Bukowski e Machado de Assis. Conta que música e literatura sempre andaram lado a lado na sua vida.

“Da infância para o período da adolescência, eu era muito tímido. Então, gostava muito de ler, ficava quieto no meu canto e isso foi mudando com o tempo. Atuando na música, fui construindo bandas com amigos”. E as suas leituras vão além, como HQs, jornais e livros religiosos.

Seu lado escritor surgiu ainda na época do Sarau Elétrico, com textos próprios e inéditos sobre assuntos como política, futebol e cultura. Mesmo com quatro livros lançados, sendo o último em 2004, assume que não conseguiu focar nessa área, mas que ama escrever.

Para ele, a literatura tem um poder essencial. “Ajuda a construir novas percepções sobre o mundo. Ela consegue ampliar teu repertório, vocabulário e impacta na construção artística, no jeito de compor uma letra, algo que tu vais querer narrar, discutir.”

Mesmo que, na atualidade, haja dificuldade para produzir leitores vorazes, Frank Jorge diz que há outros estímulos, como redes sociais e aplicativos, que inspiram as pessoas a unir literatura e música. “São outros tempos”, como diz.
Para ele, tudo é válido na hora de juntar música e literatura. “Não são pontas distantes, a sonoridade das palavras é algo muito natural”, explica. Lembra do músico Nado Pontes, que compôs uma canção com poemas de Mario Quintana.

Na sua visão como músico, a literatura é algo instigante para o desenvolvimento de canções e textos próprios. “Tenho envolvimento com a música de uma maneira mais permanente, mais orgânica. Então, acho que a literatura pode influenciar a música ou outra linguagem artística de uma maneira totalmente intensa, normal, natural.”


 

Correio do Povo