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Verão

Especial

Alto nível da Fórmula Indy complica busca por 33º carro do grid da Indy 500

Ricardo Juncos analisa a preparação complexa e detalhista em Indianápolis

Não existe "apenas participar" da Indy 500, como já comprovocou a Juncos | Foto: Chris Owens / Indycar / Divulgação CP

Um dos troféus mais cobiçados do esporte a motor requer níveis de preparação altíssimos e o próprio crescimento recentre da Fórmula Indy tem gerado obstáculos para completar o grid de 33 caros que, tradicionalmente, largam para as 500 Milhas de Indianápolis. Agora, o acerto para ter este carro na prova está próximo, mas até a bandeira verde, no dia 29 de maio, serão semanas de detalhamento mecânico e aerodinâmico na garagem; treinos e mais treinos e o risco de, a cada milha, um choque contra o muro complicar ou até mesmo estragar os planos para a corrida.

"Uma coisa é correr em Iowa e outra é Indianápolis, muda toda a exigência", analisa Ricardo Juncos, chefão da Juncos Hollinger Racing; que vai para sua quarta participação no chamado "Maior Espetáculo" do automobilismo. "A preparação para a Indy 500 é muito complexa e especial. A gente viu, no ano passado, a Penske com muitos carros para atender e arriscou não classificar com o Will Power (vencedor da corrida em 2018)", lembra Juncos.

Ele reconhece que foi questionado pela categoria sobre a possibilidade de colocar mais um carro para fechar os 33, mas enfatizou que não pretende fazer a empreitada fora das condições ideais. "Tecnicamente, a gente tem carro e equipamentos para fazer um 33º competidor para Indianápolis. Teria que encontrar o piloto, o dinheiro, o pessoal para fazer a corrida... E o tempo está muito curto. Com o nome da nossa equipe, eu faria só se tivesse as condições 100%. Não apenas para fazer número. É uma questão até de respeito à categoria. Eu me disponho, mas só se tiver uma oportunidade de fazer direito", salientou.

O chefe de equipe, contudo, não esconde que gosta do desafio e do ambiente de pressão. "Temos experiência em reverter situações dramáticas na Indy. E a prova tem essa atmosfera", avalia. Em 2019, o time perdeu um carro quando o piloto Kyle Kaiser bateu no muro, mas conseguiu montar outro chassis e, na última tentativa, derrubar a McLaren e Fernando Alonso da corrida para compor o grid em Indianápolis. "Foi emocionante sim, mas dessa vez não queremos fazer algo fora do ideal."

E qual o preço para desafiar os melhores do mundo na pista mais famosa? "Apenas botar o carro na Indy 500, uns 700 mil dólares. O investimento para realmente competir com os outros já vai para US$ 1,5 milhão", analisa. "Temos o equipamento para alguém alugar, mas como Juncos não vamos fazer, até por respeito ao nosso piloto Callum Ilott", ponderou. "Pode acontecer do cara largar e já ter problemas nas primeiras voltas. Ou num pit-stop com um mecânico sem tanta preparação, alguém pode se machucar. Envolve vários riscos."

Bernardo Bercht